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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

LLX aposta em tratamento de petróleo

Empresa busca parceira para investir US$1,4 bi em Açu

Danielle Nogueira



OBRAS DO Porto do Açu: tratamento para várias empresas

A LLX, empresa de logística do grupo EBX, controlado por Eike Batista, está negociando com oito companhias a construção de uma unidade de tratamento de petróleo no Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense. O empreendimento deve demandar investimentos de US$1,4 bilhão. A expectativa é que ao menos um contrato com uma das oito possíveis parceiras seja assinado até o fim do ano e que a construção leve mais dois ou três anos.

A unidade de tratamento terá capacidade para 1,2 milhão de barris de petróleo por dia, o equivalente a 67% da produção nacional, de cerca de 1,9 milhão de barris diários. A LLX já tem licença de instalação (LI) para o projeto, mas depende da concretização das conversas com as parceiras para assegurar a demanda e, assim, tocar as obras. A anglo-holandesa Shell, a americana Devon e a empresa de trading europeia Mercuria estão entre as que negociam com a LLX.


- A gente vai buscar fechar um contrato até o fim do ano ou início do ano que vem. Estamos mirando nisso - disse ontem o diretor financeiro da LLX, Leonardo Gadelha, em evento na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

Na unidade de tratamento, o petróleo é separado da água e de impurezas, como areia. Só então pode ser encaminhado a uma refinaria, onde é transformado em gasolina, diesel ou outro derivado. Hoje, a maior parte das empresas estrangeiras que atuam no Brasil não tem unidades de tratamento, pois sua produção não é suficiente para justificar o investimento. A ideia é criar escala de produção ao unir diferentes parceiros em um mesmo projeto. O modelo de negócios ainda não foi definido. É possível que a LLX entre com parte do investimento ou que arrende o terreno.
A LLX também deve definir até o começo de 2011 os detalhes da recuperação de uma linha férrea ligando Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, a Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, além da construção de um ramal ferroviário entre Campos e o Porto do Açu. O trecho que será revitalizado, de cerca de 300 quilômetros, é operado pela concessionária Ferrovia Centro-Atlântico (FCA) - que pertence à Vale. Com isso, as empresas que se instalarem no Açu poderão ter acesso aos mercados de São Paulo, Minas Gerais e outras regiões do Estado do Rio. O investimento estimado na reativação da linha férrea é de R$1,2 bilhão.

O Globo

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