Seja bem-vindo (a) ao Blog do Mar Brasileiro, parte do Projeto Mar Brasileiro em Rede (http://www.marbr.net.br/), cuja missão é: fomentar o conhecimento, a pesquisa e a exploração sustentável das riquezas da plataforma continental brasileira; apoiar e divulgar a Marinha do Brasil.

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sábado, 18 de setembro de 2010

Amazônia Azul também é turismo – a baía de PARATY


Muita gente desconhece, mas Paraty está situada em uma das maiores baías do país, a baía da Ilha Grande, com 1125 km2. A sua costa litorânea é bastante recortada e possui aproximadamente 180 quilômetros, exibindo várias enseadas, penínsulas, pontas e ilhas.

Nos locais onde a serra e o mar se encontram, existe, junto a linha d’água, uma faixa de seixos arredondados pela ação do mar, que rolaram das montanhas e formam abrigos para peixes, crustáceos e moluscos.

Na parte sul do litoral, compreendida entre Trindade e o centro histórico, as montanhas da Serra do Mar terminam diretamente no oceano. Nesse trecho, o fundo do mar é formado, em sua maior parte, por areia e, a vegetação faz parte da nossa Mata Atlântica.

Já na parte norte, entre o centro histórico e a divisa com Angra dos Reis, existe uma planície separando o mar das montanhas. Nesse trecho, as marés mais altas invadem a planície, originando uma vegetação típica de mangue, cujas principais características são os arbustos com raízes altas e o fundo lodoso, rico em mariscos e caranguejos.

Os ventos definem a temperatura e a claridade da água: os que vêm do sul e sudoeste sujam e esfriam a água, enquanto os de leste e norte, esquentam e limpam a água.

Quem quiser conferir este santuário, pode aproveitar para conhecer os Chalés  Cachoeira da Luz.

Estudo das Massas de Água no Oceano Austral

Estudo apresenta os resultados obtidos de dados de CTD coletados durante a OPERANTAR XXVI, abrangendo a área localizada entre as latitudes de 42°S e 61°S, com o objetivo de acompanhar a trajetória das massas d’água que contribuem para a circulação das águas em terras brasileiras. Nas estações oceanográficas próximas à Passagem do Drake, nota-se a presença da Antarctic Surface Water (ASW), restrita aos primeiros 200m e o predomínio da Circumpolar Deep Water (CDW) em quase toda a coluna d’água. 

Na região da Bacia Argentina, observa-se a Subantartic Surface Water (SASW), com o núcleo de salinidade 34.1 localizado a 300m; a Antarctic Intermediate Water (AAIW), fluindo abaixo da SASW até a profundidade máxima de 1000m e a North Atlantic Deep Water (NADW) observada com um máximo de oxigênio abaixo de 2000m. Foi possível determinar a localização da PF, SACCF e SBACC na região de estudo.

Leio o artigo de Carina Novak Laprea, B.Sc., Marcia Helena Moreira Valente, M.Sc., Nathália Oliveira de Castro.

Eventos de Ciência, Tecnologia e Inovação na Marinha

Mulheres a bordo

O livro com o título acima, sobre a história das mulheres na Marinha, estará sendo publicado, em breve, com incentivos da Lei Rouanet. Para conhecer o projeto, contribuir ou patrocinar vá ao simpático blog criado pelas autoras Helena Peres e Sheila Aragão. Clique aqui e conheça mais sobre esse projeto inédito.

Mapa Geológico da Plataforma Continental

O Sistema de Informação Geográfica (SIG) é acoplado a uma base de dados georreferenciados contendo todas as informações disponíveis sobre a plataforma continental jurídica brasileira. Contém também um mapa da Potencialidade Mineral da PCJB na escala 1:2.500.000, elaborado com as informações do SIG.

O acervo utilizado foi compilado a partir de dados disponíveis no Brasil e em agências internacionais em diversas escalas de conhecimento e formatos, que foram submetidos a procedimentos de generalização, filtragem e fusões digitais com adequações à representação na escala 1:2.500.000.



Leia sobre o produto aqui.

CPRM monitora aquíferos


No período de 26 a 30 de julho, foram instalados três poços de monitoramento perfurados no aquífero Bauru, no Estado de Minas Gerais, na região do Triângulo Mineiro. Os poços compõem a Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (Rimas) em implantação pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) nos principais aquíferos do país.
Localizados nos municípios de Campo Florido, Prata e Limeira do Oeste, os poços interceptam exclusivamente os arenitos do Aquífero Bauru. Este aqüífero, apesar de sua permeabilidade moderada em decorrência da elevada proporção em material silto-argiloso, tem grande importância para o abastecimento e atendimento de demandas em diversas cidades da região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais. O aquífero tem ainda papel significativo nos Estados de São Paulo e Goiás, onde também foram construídos poços para o monitoramento.
A instalação dos primeiros poços da rede nacional de monitoramento das águas subterrâneas constitui um marco para o conhecimento, proteção e gestão dos recursos hídricos subterrâneos em um país de extensão continental, marcado pela diversidade hidrogeológica e significativas diferenças sociais e econômicas que se traduzem em demandas distintas por água tanto em natureza quanto em volume. Atualmente, cerca de 60 poços encontram-se perfurados no âmbito do Projeto Rimas, em diversos aquíferos, e a expectativa é que existam, até o final de 2010, mais 116 poços construídos. Além disso, os acordos de cooperação a serem efetivados com empresas de saneamento deverão prover a rede de monitoramento de muitos poços cedidos especialmente por estas instituições.

Fonte: http://www.cprm.gov.br/

Amazônia Azul e os Royalties internacionais sobre o pré-sal

Retransmito um resumo do artigo de Luiz Antonio Lemos e Marcelo Romanelli publicado no Ministério de Relações Exteriores.

Os limites marítimos do Brasil ganharam um grande destaque desde o anúncio do pré-sal. Até então, poucos sabiam que o governo brasileiro já vinha trabalhando na demarcação de suas fronteiras marítimas com o projeto Amazônia Azul, e é difícil mensurar, por falta de debate público, os efeitos da recente Resolução da CIRM, em 3 de setembro, que efetiva como Zona Econômica Exclusiva a parcela do pleito aceito em 2007, pela ONU.
  
Só que o direito de explorar e produzir petróleo e gás nesse território além das 200 milhas não virá de graça. O artigo 82 da Convenção impõe aos Estados signatários a obrigação do pagamento de royalties em pecúnia ou in natura à Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA - International Seabed Authority) com relação à produção de recursos minerais na plataforma continental que se estende além das 200 milhas náuticas. 

O pagamento dos royalties internacionais deverá ser feito anualmente à taxa de 1% sobre o valor ou o volume total da lavra, começando no sexto ano de produção e aumentando 1% por ano até atingir o limite máximo de 7% no décimo segundo ano, quando então permanecerá estável até o fim do projeto.
O artigo 82 impõe a incidência de royalties internacionais relacionados a operações realizadas em área de jurisdição nacional. De acordo com a Convenção, cabe ao governo brasileiro optar se fará o pagamento em pecúnia ou in natura, usando parte da produção. 

Independente da modalidade a ser adotada pelo Brasil, é muito provável que a responsabilidade pelo pagamento dos royalties internacionais seja repassada às empresas de petróleo quando da assinatura dos contratos de exploração e produção, criando assim uma espécie de royalties indiretos e, consequentemente, aumentando o custo dos projetos de E&P nestas áreas. Se assim for, caberá ao Congresso Nacional legislar, e à ANP regulamentar e incluir esta hipótese nos próximos contratos a serem outorgados, sejam de concessão ou de partilha.

Como muito pouco ainda se sabe sobre a real extensão da área do pré-sal, outro ponto que merece bastante atenção das autoridades brasileiras é o cenário onde uma única jazida, por sua dimensão, se localiza dentro das 200 milhas náuticas e se estende para fora dela.
Como a ANP ainda não licitou blocos do pré-sal além das 200 milhas náuticas, este é o momento ideal para que o Brasil, juntamente com a ONU e os Estados signatários da Convenção, levem à frente estas discussões. Neste mar de dúvidas, a única certeza que temos por hora é que a era do "O Petróleo é Nosso", somente nosso, está chegando ao fim.

Luiz Antonio Lemos é sócio de petróleo e gás de Campos Mello Advogados, em cooperação com DLA Piper.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Brasil desenvolve técnica para limpar petróleo no mar

Rio de Janeiro- O Brasil descobriu uma maneira simples e eficiente de retirar petróleo do mar após acidentes como o ocorrido com a BP, cujo método de limpeza de um dos maiores vazamentos de petróleo em mar no mundo foi criticado por biólogos e ambientalistas.No caso da BP, o óleo recolhido está sendo queimado e dispersantes químicos jogados no mar para diluir a mancha.

Na solução brasileira, não apenas é possível retirar quase todo o petróleo derramado no mar como aproveitá-lo novamente, dizem pesquisadores. O método ainda aproveita a glicerina gerada pela crescente produção de biodiesel no país.

O pulo do gato, segundo o professor do Instituto de Macromoléculas da UFRJ, Fernando Gomes de Souza Júnior, 35 anos, que liderou os estudos, foi transformar a glicerina produzida com o biodiesel em um material plástico o mais parecido possível com o petróleo, a partir de uma demanda do governo.

"Hoje em dia são 100 mil toneladas por ano de sobra de glicerina. O governo tem investido em pesquisa para o uso dessa glicerina e um desses casos é o nosso", explicou à Reuters o professor capixaba que chegou há dois anos na UFRJ.

A previsão é de que em 2013, quando a mistura do biodiesel ao diesel no Brasil será elevada dos atuais 4 por cento para 5 por cento, sejam produzidas 250 mil toneladas de glicerina, produto que já é utilizado em detergentes, sabonetes e cosméticos.

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Ouriços-do-mar nanotecnológicos captam energia solar

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/08/2010

Os espinhos do ouriço-do-mar nanotecnológico são nanofios de óxido de zinco, um material semicondutor e piezoelétrico, usado em células solares e em nanogeradores biomecânicos.[Imagem: Empa]
O "nano-ouriço-do-mar", criado por cientistas suíços, chamou a atenção da comunidade científica graças à facilidade de sua fabricação e à sua versatilidade, com aplicações principalmente no campo das células solares. As pequenas nanopartículas, que lembram ouriços-do-mar em nanoescala, são na verdade totalmente inertes, feitas com polímeros e óxido de zinco.
Usos dos nanofios
Jamil Elias e Laetitia Philippe, dos laboratórios EMPA, usaram esferas de poliestireno - um polímero muito barato, usado em embalagens - para servirem como suporte para nanofios de óxido de zinco.
O óxido de zinco é um material semicondutor, largamente pesquisado para aplicações de fronteira, como células solares transparentes e nanogeradores biomecânicos, capazes de transformar o movimento do corpo em eletricidade para alimentar equipamentos portáteis, além de lasers de nanofios e LEDs de baixo custo.
Como em quase todas as aplicações com nanofios, a fabricação e a deposição dessas estruturas minúsculas é sempre o maior empecilho à sua viabilização prática.
É por isto que a técnica agora desenvolvida está chamando tanto a atenção: além de produzir estruturas homogêneas e manter os nanofios estendidos, ampliando sua interação com o meio e com a luz, os pesquisadores fizeram isso usando materiais comuns e processos simples.

Ouriços-do-mar nanotecnológicos

O princípio de fabricação dos ouriços-do-mar nanotecnológicos começa com as nanoesferas de poliestireno, que são colocadas sobre uma superfície eletricamente condutora, o que as faz alinharem-se em padrões regulares.
A seguir, uma técnica eletroquímica altera a condutividade e as propriedades das nanoesferas alinhadas, permitindo que o óxido de zinco seja depositado homogeneamente sobre suas superfícies. Depois é só deixar os cristais crescerem, criando os nanofios.
Ao final, o poliestireno é removido quimicamente, deixando prontas as minúsculas esferas ocas cheias de "espinhos", lembrando muito ouriços-do-mar ultra miniaturizados.
A grande área superficial dos nanoouriços torna-os candidatos naturais para uso em aplicações fotovoltaicas, capturando mais fótons e convertendo a luz do Sol em eletricidade de forma mais eficiente.
Mas os nanogeradores também poderão ganhar. Como são piezoelétricos, os nanofios de óxido de zinco geram energia ao serem dobrados. Incorporados em um tecido, por exemplo, uma quantidade muito maior de nanofios será dobrada com os movimentos da roupa, gerando mais energia.

BRio Flying Boat

BRioO BRio Flying Boat é um ultraleve experimental tipo hydro-trike, para duas pessoas. Consiste em uma asa-delta reforçada, montada em uma estrutura de aço inox, fixada em um bote inflável com fundo em fibra de vidro, propulsionado por motor de ultraleves (Rotax).

Áreas Marinhas Desprotegidas

No Brasil existem inúmeras unidades de conservação (UCs) terrestres ao longo da zona costeira, sobretudo na Região Sul. São 33 só em São Paulo e Paraná. Mas no espaço marinho propriamente dito, a situação é crítica e segue o mal exemplo global que tem apenas 0,6% do espaço oceânico protegido, pelo menos no papel. Aqui, as Áreas marinhas pprotegidas (AMPs) existentes têm a categoria de parques, reservas e Apas, tais como Fernando de Noronha, Abrolhos, atol das Rocas, Ilha do Arvoredo,  Apa dos Corais etc. Juntas somam menos que 0,4% de toda a extensão do nosso mar territorial brasileiro e zona econômica exclusiva.

No geral a conservação marinha é um tema que, infelizmente, ocupa muito pouco os foros ambientalistas nacionais, que focam mais na preservação das florestas. E com razão, afinal a destruição das florestas brasileiras é o que se enxerga  No mar também acontece o pior, mas não se enxerga por ignorância. É o resultado da falta de conteúdo programático sobre o mar no nosso ensino fundamental.

A causa principal para esse esforço global de conservação marinha está diretamente associada ao esgotamento dos recursos pesqueiros. Já começou errado: estão justificando a criação de AMPs devido a iminência do colapso da pesca e não ao ecossistema em si. Ou seja, o motivo parece ser mais econômico do que ético. Conservar só por que os recursos pesqueiros estão se esgotando?

É preciso tirar a questão pesqueira do centro das atenções no palco da conservação marinha. Conservar habitats específicos e seu ecossistema associado é um processo lento e complexo. Não basta criar o arcabouço legal, definir limites geográficos, criar Planos de Manejo, editar documentos, distribuir folders coloridos pra turistas e mostrar suas localizações e fotos na última versão do Google Earth. É preciso muito mais do que isso.

É preciso uma mudança drástica da nossa postura em relação aos oceanos, que nunca foi visto como um bioma único, indivisível e frágil diante das mudanças globais previstas para as próximas décadas.  É preciso divulgar mais e conhecer profundamente, e não apenas superficialmente, o funcionamento e o papel ambiental dos ecossistemas marinhos. Os oceanos não devem ser conservados apenas porque os estoques comerciais de peixes estão condenados a se extinguir nas próximas décadas. É muito mais importante saber que os oceanos produzem pelo menos metade do oxigênio que respiramos diariamente produzido anualmente pela fotossíntese. Saber que pelo menos metade da reflexão dos raios solares incidentes nas áreas congeladas e que ajudam a manter a temperatura média do planeta. Saber que os oceanos abastecem a indústria pesqueira cerca de 100 milhões de toneladas de alimento (44 Maracanãs cheios até o topo!!) todos os anos, mesmo às custas da sua própria degradação. Saber também que o oceano retarda o aquecimento global, absorvendo quase um terço da emissão anual de gás carbônico, principalmente pela queima dos combustíveis fósseis.

E no entanto, apesar desses serviços ambientais gratuitos, recebe em troca mais de 6 bilhões de toneladas de lixo sólido todo o ano e mais alguns bilhões de litros de água contaminada com um coquetel de poluição venenosa produzida pela atividade humana ao longo das zonas costeiras.

Não apenas algumas áreas, mas todo o oceano deveria ser considerado uma única AMP global. Um bioma internacional protegido por leis internacionais. Porque os oceanos são o principal alicerce do desenvolvimento histórico, cultural, sócio-econômico e ambiental da sociedade humana.

Postei apenas trechos do texto integral de Frederico Brandini, que pode ser acessado em OECO

Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental de Goiás chega ao Rio de Janeiro

O SESC Rio traz novamente ao Rio de Janeiro, nos dias 20 a 25 de setembro, os filmes vencedores do XII Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental de Goiás, o terceiro maior do mundo, no gênero, e o maior América Latina.

Além de conferir os filmes vencedores do FICA 2010, o público poderá participar de debates com André Trigueiro, Rodrigo Baggio, Hugo Penteado, André Vilhena, José Penido e Samyra Crespo.

Pela primeira vez, o FICA entrará na programação do Cinema com Batuque, iniciativa de sucesso do SESC São João de Meriti que movimenta a Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro.

2010 traz de volta o Circuito SESC. Várias unidades abrirão suas portas para exibir os melhores filmes do FICA. O encerramento será com o show do grupo Eletrosamba.

A entrada é franca.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma alga que vale milhões

A ALGAREA MINERAÇÃO LTDA é uma empresa pioneira. Situada no Rio de Janeiro, ela vem empreendendo estudos de monitoramento na plataforma continental para a explotação sustentável do Lithotamnium, sedimento de origem orgânica conhecido genericamente por Lithothamnium ou Mäerl.

Esse minério é um biocatalizador orgânico composto por mais de 40 micro e macro-nutrientes, sendo rico em cálcio e magnésio. Sua atuação única é explicada principalmente pelo fato de ser um produto de origem orgânica que disponibiliza, rápida e eficazmente, nutrientes de alta qualidade essenciais aos organismos vivos, que geralmente não estão presentes na nutrição. Por isso, sua aplicação tem eficácia comprovada nos segmentos de Nutrição Vegetal e Animal, dentre outras. 

No exterior, o Lithotamnium, conhecido há mais de 200 anos, vem sendo explotado nos últimos 30 anos por países desenvolvidos, apresentando resultados de grande importância para a Nutrição Vegetal e Nutrição Animal. É aplicado na indústria de países como Brasil, França, Japão, Canadá, USA, Itália, Inglaterra, Holanda, Alemanha e Irlanda, que possuem rigorosa legislação ambiental.
O investimento realizado em capacitação e controle ambiental torna-se especialmente importante no Brasil, onde os estudos comprovaram que a plataforma continental possui áreas com extensa cobertura de algas calcarias. 

Entre o Brasil e a África existe mais do que um oceano.

Entre o Brasil e a África há potássio, ouro e diamante, entre outros minerais valiosos que exigem empenho tecnológico e conhecimento técnico para saber aproveitá-los.
As riquezas submarinas da costa brasileira recebem os holofotes do cenário internacional após a descoberta do pré-sal, onde a Petrobras se prepara para extrair petróleo a uma profundidade de até 7 mil metros.
"A consciência de que temos muitos recursos minerais no mar ganhou bastante visibilidade com o pré-sal. Está mais do que na hora de o Brasil dar ênfase a essa questão estratégica que é conhecer melhor a plataforma continental e a área internacional marítima", observa Thales de Queiroz Sampaio, da Secretaria de Geologia e Mineração do Ministério de Minas e Energia (MME).
Sampaio coordena o Programa de Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental (Remplac), que reserva R$ 150 milhões para aproximar Estado e universidades em torno do tema mineração submarina.
"Vamos investir muito mais dinheiro nos próximos 20 anos do que podemos imaginar hoje", indica.O aporte será para identificar a viabilidade econômica e traçar as linhas dos desafios técnicos de exploração.
Já outros minerais mais valiosos como o diamante existente na costa baiana demandarão expertise tecnológica mais apurada, visto que estão a um quilômetro sob o nível do mar — área dominada pela Petrobras.
O mesmo vale para o zircônio encontrado no litoral sul da Bahia - insumo caro e bastante empregado no revestimento de reatores nucleares.  A ilmenita usada na construção de partes de aviões e naves espaciais também recebe atenção. Assim como, o calcário usado pelo setor químico e farmacêutico.
Parte do potencial submarino já foi mapeado pela Marinha, que equipou um navio para a missão com repasse de R$ 10 milhões cedidos pela Finep. A embarcação recebeu um multifeixe, aparelho que faz o mapeamento do solo marinho (batimetria), identificando o que há no fundo do mar.
"Existem recursos em solo marinhos além das 200 milhas náuticas (370 quilômetros da costa e estamos desenvolvendo atividades para essa área", adianta Carlos Roberto Leire, da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Cirm) - órgão encabeçado pelo MME e Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) que conta com a participação de 18 universidades federais e estaduais.

Fonte: IBRAM

Mais algas e o biocombustível

Embora, entre as matrizes vegetais, a soja seja a principal base do biodiesel do Brasil, sua escala de produtividade é baixa – de 400 a 600 quilos de óleo por hectare – e tem apenas um ciclo anual. O girassol pode produzir um pouco mais, de 630 a 900 quilos. 

No entanto, pesquisa realizada no Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) indica que microalgas encontradas no litoral brasileiro têm potencial energético para produzir 90 mil quilos de óleo por hectare.

E, segundo o estudo, elas têm diversas outras vantagens. Do ponto de vista ambiental, o biodiesel de microalgas libera menos gás carbônico na atmosfera do que os combustíveis fósseis, além de combater o efeito estufa e o superaquecimento.

A alternativa também não entra em conflito com a agricultura, pode ser cultivada no solo pobre e com a água salobra do semi-árido brasileiro – para onde a água do mar também pode ser canalizada – e abre possibilidades para que países tropicais (como a Polinésia e nações africanas) possam começar a produzir matriz energética. Além disso, as algas crescem mais rápido do que qualquer outra planta.

A Algae Biotecnologia Ltda.,  empresa do Grupo Ecogeo, apostou no setor e é a pioneira no desenvolvimento tecnológico de sistemas de cultivo de microalgas e cianobactérias no Brasil e na América Latina. O potencial de produção de biocombustiveis, de outros compostos de interesse industrial e sequestro de CO2 a partir destes microorganismos é imensuravel, e através de um projeto estruturado de pesquisa, a Algae em breve disponibilizará processos e equipamentos para a sua utilização comercial.

Nota pessoal

Com tanta agitação em torno do pré-sal, a mídia parece sempre esquecer que a Marinha se dedicou, por 17 anos, ao levantamento da área que agora nos assegura a soberania para a exploração das riquezas marinhas no solo e no subsolo. A Marinha, a Petrobrás e a comunidade científica realizaram um trabalho exaustivo em toda a costa brasileira. A paternidade do pré-sal deve ser melhor compartilhada. Quem quiser conhecer melhor o assunto, procure por LEPLAC e pela Portaria Interministerial assinada em 3 de setembro, um verdadeiro ato de soberania em prol do mar brasileiro.

Aquicultura e Pesca - Importância estratégica



A aquicultura e a pesca movimentam U$ 400 bilhões em todo o mundo, sendo que desse total 47% da produção é proveniente da aquicultura. Juntas, sustentam diretamente cerca de 2,6 bilhões de pessoas, e têm papel estratégico na satisfação da demanda crescente por alimentos protéicos. 

O Brasil produz atualmente mais de um milhão de toneladas/ano de pescado, gerando um PIB pesqueiro de R$ 5 bilhões e 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos, além de incalculável influência na segurança alimentar e nutricional de muitas populações. Desse total, as exportações representam cerca de 270 mil toneladas por ano. O cultivo e a pesca de organismos ornamentais e a cadeia da pesca amadora mostram-se como enormes potenciais de divisas nacionais ainda pouco exploradas.

O Brasil tem potencial para se tornar totalmente auto-suficiente na produção de pescados a preços acessíveis e ainda, vir a ser um dos maiores produtores mundiais. Além das mais de 2 milhões de áreas naturalmente alagadas, há 10 milhões de hectares de lâmina d’água em reservatórios de usinas hidrelétricas e propriedades particulares no interior do Brasil, e a maior densidade de bacias hidrográficas do mundo, passíveis de exploração tanto pela aquicultura quanto pela pesca. 

O País também possui 8,5 mil km lineares de costa marítima, tendo a maior faixa contínua de mangues do mundo e uma Zona Econômica Exclusiva de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a metade do território nacional. Aproveitar esse potencial natural de produção ambientalmente sustentável e benéfica para a nutrição, segurança alimentar e o aumento da renda do povo brasileiro é um desafio que se coloca para o País, de forma emblemática também no contexto global.

 Fonte: Secretaria de Estudos Estratégicos

Brasil pode comprar navios britânicos

Depois de França, Estados Unidos e Itália, ontem foi a vez de o Reino Unido fechar com o governo brasileiro um acordo de cooperação militar. No mesmo molde dos textos assinados com os outros dois países, o acordo “guarda-chuva” prevê a troca de experiência e a cooperação entre os países em questões relacionadas à defesa, incluindo a aquisição de produtos e serviços. Para o governo britânico, o acordo, assinado na visita ao Brasil do ministro adjunto de Defesa, Gerald Howarth, poderia fazer pender a favor de Londres a compra de fragatas e navios patrulha para a Marinha do Brasil. De acordo com o jornal britânico Financial Times, o valor do negócio seria de US$ 4,475 bilhões, quase R$ 8 bilhões. Leia mais...

Fórum Nacional de Defesa

O Fórum Nacional de Defesa abordará os objetivos e necessidades do Brasil com base na Estratégia Nacional de Defesa. Temas:

  • Objetivos estratégicos das Forças Armadas alinhados à END
  • A importância da Estratégia Nacional de Defesa para impulsionar a Indústria
  • Desenvolvimento tecnológico de VANTS no Brasil
  • Orçamento do Brasil para Defesa em 2011 - Investimentos previstos para melhorias
Vá para a página oficial

Oportunidades de trabalho no mar


O site da revista Portos e Navios exibe uma página de empregos e estágios no setor que vale a pena visitar. Visite http://www.portosenavios.com.br/curriculo/

Novas regras para a indústria naval

Norma Regulatória 34 atualiza e aperfeiçoa orientações para o exercício de diversas atividades neste setor 

Depois de mais de 30 anos estagnada no país, a indústria da construção e reparação naval brasileira está prestes a ganhar novas regras de trabalho e meio ambiente no intuito de evitar a ocorrência de acidentes. A Norma Regulatória 34, que deve ser publicada em outubro, atualiza e aperfeiçoa orientações para o exercício de diversas atividades neste setor, entre elas o trabalho a quente, montagem e desmontagem de andaimes, jateamento e hidrojateamento, movimentação de cargas, instalações elétricas provisórias e trabalhos em altura. Leia Mais no site da COPPE