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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pré-Sal: Confirmado potencial de Tupi de até 8 bilhões de barris

LISBOA (Reuters) - A Petrobras e a petrolífera portuguesa Galp Energia confirmaram nesta sexta-feira que o nono poço explorado em águas ultraprofundas da Bacia de Santos tem o potencial de reservas de petróleo leve de Tupi entre 5 e 8 bilhões de barris, reduzindo as incertezas sobre os volumes estimados de óleo leve na camada pré-sal.

"Esse poço comprova que a acumulação de petróleo não só se estende até o extremo sul da área do Plano de Avaliação de Tupi, como, também, que a espessura do reservatório com óleo chega a cerca de 128 metros, o que reduz as incertezas das estimativas de volume de hidrocarbonetos da área", informa a Petrobras em nota.
A declaração de comercialidade da jazida está prevista para 31 de dezembro deste ano. O poço informalmente conhecido como Tupi SW, foi perfurado numa lâmina d'água de 2.152 metros. Ele está localizado a cerca de 290 quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro e 11 quilômetros a sudoeste do poço onde a Petrobras faz o primeiro teste de longa duração para obter dados técnicos das jazidas do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos.

A produtividade dos reservatórios do pré-sal no poço perfurado agora será avaliada por testes de formação programados para os próximos meses. Confirmadas as produtividades esperadas, o consórcio BMS-11 estudará a instalação, no sul da área de Tupi, de um dos primeiros navios-plataformas padronizados que estão sendo projetados para operar no pré-sal da Bacia de Santos.

O consórcio que desenvolve a produção no bloco BMS-11, onde está acumulação de petróleo de Tupi é formado pela Petrobras, que é a operadora, com 65% dos direitos exploratórios, o BG Group (com 25%) e a Galp Energia (com 10%) e dará continuidade às atividades e investimentos programados pelo Plano de Avaliação da área aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


O GLOBO

Engenho inovador limpa lagoas com excesso de algas

Dois engenheiros açorianos, Luís Teves e Gonçalo Teixeira da Mota, desenvolveram um projecto inovador capaz de combater o problema da eutrofização - desenvolvimento intensivo de algas devido a um abastecimento excessivo de nutrientes, que reduz o oxigénio - das lagoas na região, ao longo de 2011. O projecto chama-se URM 85 (Unidade de Remoção de Microalgas e Cianobactérias) e traduz-se na criação de um protótipo, com características anfíbias e de cen- trifugação, que permite depurar 85 metros cúbicos de água por hora.
Tudo se passa dentro de uma embarcação preparada, tripulada por três pessoas, de onde se recolhe a água através de um colector e sistema de bombagem acoplado que "varre" toda a lagoa. O protótipo recebe a água, remove as suas impurezas e devolve-a à lagoa em bom estado. Na prática, a água que entra no mecanismo turva e eutrofizada sai do mesmo limpa. Luís Teves e Gonçalo Teixeira da Mota explicam que "a separação de fases se produz por centrifugação, onde a fase líquida é devolvida à lagoa e a biomassa fica armazenada para tratamento e desidratação".
A tecnologia móvel inventada por estes dois engenheiros, a partir de tecnologia já experimentada noutros processos, representa um projecto pioneiro nos Açores e no resto do País, o qual deverá ser implementado em 2011 pela empresa de ambos, a Algicel - Biotecnologia e Investigação, mediante o aval do Executivo insular. Para já, o URM 85 está em fase de registo de patente, mas a sua eficácia já foi testada no decurso de uma experiência que simulou a remoção de microalgas e cianobactérias na Lagoa de São Brás, em São Miguel. Neste ensaio contaram com a cedência de uma embarcação por parte do Governo Regional, bem como com a monitorização laboratorial dos testes, através das análises realizadas por uma equipa especializada da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa - que é, aliás, a mesma que monitoriza a qualidade da água das lagoas de São Miguel.
Os resultados foram animadores: o mecanismo mostrou ser capaz de limpar as lagoas de uma forma fácil e rápida, remover e reduzir significativamente a concentração de microalgas e cianobactérias nas várias camadas de água, melhorando a qualida- de química e ecológica das águas. As virtudes do engenho passam unicamente pelo tratamento físico, sem recurso a produtos químicos.
A eutrofização é provocada pela concentração de nutrientes e de matéria orgânica no meio aquático, daí resultando proliferação de algas verdes e cianobactérias que geram desequilíbrio ecológico. No caso das microalgas que se desenvolvem nas lagoas dos Açores, entre as quais a das Furnas, esse crescimento é favorecido pelas boas condições de temperatura e luminosidade e, em particular, pelos nutrientes (adubagens e fertilizantes) que são arrastados para as suas águas, provenientes de explorações agro-pecuárias situadas na respectiva bacia hidrográfica.
A nível mundial, encontram-se eutrofizados 53% dos lagos na Europa, 48% na América do Norte, 41% na América do Sul e 54% na Ásia. É por isso que os dois empreendedores consideram que o seu invento pode ser aproveitado para ajudar a devolver a pureza ambiental às lagoas, como pode ser ainda uma mais-valia económica por via da sua exportação para países com o mesmo problema.
Este projecto da Algicel decorreu de um outro de investigação, feito em colaboração com o departamento de Biologia da Universidade dos Açores, que se prende com a criação de uma unidade--piloto, na Quinta de São Gonçalo, em Ponta Delgada, para a produção de microalgas (sobretudo a astaxantina, com propriedades antioxidantes) destinadas às indústrias farmacêutica, alimentar e de biocombustíveis. Trata-se de um novo negócio, em franca expansão no mundo. Em 2011, a Algicel pretende construir uma unidade industrial em São Miguel para a produção de dez toneladas de biomassa por ano.

Engenho inovador limpa lagoas com excesso de algas

Protótipo retira impurezas da água  e devolve-a à lagoa em bom estado. Inventores vêem hipóteses de exportação do aparelho.

Semana Nacional de C&T oferece cerca de 200 atividades no estado


   
   O secretário executivo do MCT, Luiz Antonio Elias, ao
   centro, na abertura da Tenda da Inovação na Cinelândia
A sétima edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2010), que teve início na segunda-feira, dia 18, continua a oferecer diversas atividades paralelas em todo o País até domingo, dia 24. Com o tema Ciência para o Desenvolvimento Sustentável, a Semana destaca a importância da preservação da biodiversidade e do meio ambiente. Somente no estado do Rio de Janeiro, os 30 municípios envolvidos na Semana oferecem cerca de 200 atrações gratuitas que ajudam a mostrar ao grande público como se faz ciência. No Rio, a programação está distribuída por toda a cidade, em quatro pólos temáticos: 
a Tenda da Inovação, na Cinelândia; e os espaços Ciência para Crianças, no Aterro do Flamengo; 
Ciência Sustentável, no Jardim Botânico; e 
Ciência em Campo Grande, no Centro Esportivo Miécimo da Silva. 

O evento, coordenado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), foi inaugurado na Tenda da Inovação, na Cinelândia, no centro do Rio, pelo secretário executivo do MCT, Luiz Antonio Elias. 

Ainda no Rio, outra opção será a IX Semana de Ciência, Tecnologia e Negócios, que termina nessa sexta-feira, 22 de outubro, no campus da Universidade Veiga de Almeida, na Tijuca. Nesse último dia, o tema das palestras será Esporte, Cultura e Responsabilidade Social. Em todo o Estado, o público pode assistir aos filmes da mostra  

Ver Ciência 2010, que estão sendo exibidos nas cidades, auditórios e salas de projeção das instituições cadastradas.

Mais informações: 

FONTE: FAPERJ

Governo assina acordo com cooperativas para incentivar projetos de crédito de carbono


O Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) assinaram nesta sexta-feira (15) um acordo para incentivar projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) em cooperativas.

O MDL é um mecanismo de compensação financeira incluído no Protocolo de Quioto que permite o comércio de créditos de carbono gerados em projetos que reduzam a emissão de gases de efeito estufa. Os projetos de MDL são validados por regras da Organização das Nações Unidas (ONU) e dos governos, no caso brasileiro, por meio da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima.

Com o acordo, as cooperativas terão acesso à capacitação técnica para elaboração dos projetos, transferência de tecnologia e apoio na busca por financiamento. De acordo com o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, existem projetos piloto em andamento e cooperativas habilitadas para receber apoio técnico e começar a lucrar no comércio de crédito de carbono.

“Temos exemplos de projetos de MDL em cooperativas com a coleta e o tratamento de dejetos de suínos, que emitem muito CO2 [dióxido de carbono] e outros que trabalham com a reposição de Mata Atlântica”.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse que o estímulo a projetos de mitigação nas cooperativas vai fortalecer o papel da pequena agricultura na tarefa assumida pelo Brasil na reunião da ONU sobre mudanças climáticas de reduzir entre 36,1% a 38,9% as emissões nacionais de CO2 até 2020.

“Há uma exigência mundial hoje. E o Brasil tem compromissos muito claros de redução das emissões de gases de efeito estufa”.
 
(Fonte: Luana Lourenço/ Agência Brasil)

Ambientalistas pedem que ONU congele projetos de geoengenharia

A Organização das Nações Unidas (ONU) deveria impor uma moratória aos projetos de geoengenharia (tais como vulcões artificiais e grandes esquemas de produção de nuvens) para combater a mudança climática, afirmam grupos ecológicos, que temem que esses projetos prejudiquem a natureza e a humanidade.

Os riscos são muito grandes porque os impactos da manipulação da natureza em larga escala não são totalmente conhecidos, disseram os grupos numa importante conferência da ONU no Japão destinada a combater as perdas cada vez maiores de espécies animais e vegetais.

Os enviados de quase 200 países estão reunidos em Nagoya a fim de aprovar metas de combate à destruição de florestas, rios e recifes de corais que proporcionam os recursos essenciais ao sustento de comunidades e a economias.

Uma causa importante para as rápidas perdas na natureza é a mudança climática, afirma a ONU, ressaltando a urgência para que o mundo faça o que for possível para conter o aquecimento global e evitar secas extremas, enchentes e a elevação do nível das marés.

Alguns países consideram os projetos de geoengenharia de bilhões de dólares uma forma de controlar a mudança climática, cortando a quantidade de luz solar que atinge a Terra ou absorvendo o excesso de emissões de gases-estufa, em especial o dióxido de carbono.

“É totalmente inapropriado que alguns governos de países industrializados tomem a decisão de experimentar a geoengenharia sem a aprovação de todo o apoio do mundo”, disse à Reuters Pat Mooney, da organização ativista com sede no Canadá ETC Group, nos bastidores do encontro que acontece de 18 a 29 de outubro.

“Eles não deveriam fazer experiências com a vida real, com o ambiente, nem empregar qualquer geogenharia antes de haver um consenso na ONU de que isso seja ok.”

Alguns grupos conservacionistas afirmam que a geoengenharia é uma forma de certos governos e empresas evitarem medidas para cortar as emissões ligadas ao aquecimento do planeta.

O painel climático da ONU diz que uma revisão da geoengenharia será parte de seu próximo grande relatório, em 2013.

Os ambientalistas afirmaram que a geoengenharia vai contra o espírito das conversações de Nagoya, que tem como objetivo estabelecer novas metas para 2020 a fim de proteger a natureza, tais como o estabelecimento de novas áreas de proteção terrestres e marinhas, a redução da poluição e o manejo da pesca.

“Certamente defendemos mais pesquisas (de geoengenharia), como em todos os campos, mas não a sua implementação, por enquanto, porque é muito perigoso. Não sabemos quais podem ser os efeitos”, disse François Simard, do grupo conservacionista IUCN. 

(Fonte: G1)

Aquecimento do Ártico provavelmente é permanente, diz estudo

Os sinais da mudança climática estiveram espalhados pelo Ártico neste ano — ar mais quente, menos gelo no mar, geleiras derretendo —, o que provavelmente significa que essa região, crucial para a definição do clima no resto do planeta, não irá voltar ao seu antigo estado mais frio, disseram cientistas na quinta-feira.

No estudo, divulgado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), cientistas norte-americanos, do Canadá, da Rússia, da Dinamarca e de outros países disseram que “um retorno às condições anteriores do Ártico é improvável.”

As condições do Ártico têm grande influência sobre o clima nas latitudes temperadas do Hemisfério Norte, onde se concentra grande parte da população mundial. Nevascas nos EUA, norte da Europa e oeste da Ásia no inverno passado provavelmente tiveram relação com a maior temperatura atmosférica no Ártico, segundo os cientistas.

“O inverno de 2009-10 mostrou uma nova conectividade entre o frio extremo e a neve em latitudes médias e as mudanças nos padrões de ventos do Ártico”, disse o estudo.

Jackie Richter-Menge, do Laboratório de Pesquisa e Engenharia de Regiões Frias do Exército dos EUA, disse que a temperatura atmosférica na superfície do Ártico está aumentando ao dobro do ritmo do que em latitudes inferiores.

Isso se deve em parte à chamada amplificação polar — o derretimento do gelo e da neve, que são brancos, expõe áreas mais escuras de mar e terra, que absorvem mais calor, num círculo vicioso. A exposição constante à luz solar durante o verão nas altas latitudes também contribui para isso, disse Richter-Menge por telefone.

Normalmente, o ar frio fica “engarrafado” no Ártico durante o inverno, mas no final de 2009 e começo de 2010 ventos fortes empurraram esse frio do norte para o sul, em vez de seguirem o padrão habitual de oeste para leste, disse o oceanógrafo Jim Overland, da NOAA em Seattle.

Overland disse haver uma ligação direta disso com a redução do gelo marinho no Ártico e com o clima em latitudes temperadas, e sugeriu que o fenômeno deve se tornar mais comum nos próximos 50 anos.
Esse padrão ocorreu apenas três vezes nos últimos 160 anos, disse Overland a jornalistas.

“É meio que um paradoxo em que você tem um aquecimento global geral e aquecimento da atmosfera que na verdade criam mais dessas tempestades de inverno”, afirmou. “O aquecimento global não é só aquecimento em todo lugar … ele cria essas complexidades.”

Os pesquisadores disseram que Nuuk, capital da Groenlândia, teve seu ano mais quente em 138 anos de medições, e que quatro grandes geleiras perderam mais de 25 quilômetros quadrados cada uma.

(Fonte: Portal Terra)

Construção do porto começa em 2011

A Ferrous vai investir R$ 2,5 bilhões na construção do terminal portuário e da planta de filtragem, em Presidente Kennedy, no Litoral Sul do Estado, que começa em 2011. A empresa realizou audiência pública, ontem à noite, em Marataízes, no Centro de Convivência da Terceira Idade. Cerca ce 300 pessoas participaram da reunião.

Hoje a Ferrous apresenta o projeto do porto à comunidade de São Francisco do Itabapoana, no Rio de Janeiro. Com a realização das audiências públicas a Ferrous cumpre as etapas para a obtenção da Licença Prévia (LP) e, depois a Licença de Instalação (LI).

O início da obra de construção do terminal, que vai exportar minério de ferro, está previsto para o primeiro semestre de 2011. As operações devem começar em 2013. O porto, segundo a Ferrous, terá capacidade para embarcar 25 milhões de toneladas de minério de ferro por ano a partir de 2013. Com a ampliação do terminal, prevista para 2016, a capacidade será expandida para 50 milhões de toneladas anuais.

A implantação do terminal vai gerar cerca de 3,5 mil empregos na fase de construção e 400 vagas diretas na fase de operação, a partir de 2013. As funções mais demandadas na construção do porto serão as de pedreiro, mestre de obras, servente, pintor, técnico mecânico, elétrico, de automação e engenheiros .

Fonte: A Gazeta (RS) Vitória/Rita Bridi

Petróleo fecha em forte alta após dados do DoE

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta ontem, se recuperando, em parte, da queda de mais de 4% registrada ontem. O relatório semanal do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA mostrou que os estoques combinados de petróleo bruto e combustíveis recuaram. Além disso, a commodity também foi beneficiada pela retração do dólar.

Os contratos futuros de petróleo com entrega para novembro subiram US$ 2,28 (2,87%), a US$ 81,77 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). O contrato expirou hoje. O contrato mais negociado, com entrega para dezembro, avançou US$ 2,38 (2,97%), a US$ 82,54 o barril. Na plataforma ICE, o petróleo do tipo Brent para dezembro ganhou US$ 2,50 (3,08%), a US$ 83,60 o barril.

O DoE divulgou hoje que os estoques de petróleo bruto tiveram um aumento de 667 mil barris na semana encerrada no dia 15, um avanço bem menor do que os 2 milhões de barris previstos pelos analistas. E os estoques combinados da commodity e seus derivados, que atingiram o maior nível em 27 anos no mês passado, continuaram a registrar quedas modestas, com retração de 2 milhões de barris na referida semana.

O relatório do DoE combinado com um dólar fraco ajudou o petróleo a recuperar boa parte do terreno perdido ontem, quando a China anunciou uma inesperada alta nos juros e impulsionou a moeda norte-americana. Com isso, o petróleo fechou levemente abaixo de US$ 80 o barril ontem, pela primeira vez este mês. "A queda do petróleo ontem foi uma importante afirmação que, mesmo com o receio de uma demanda menor na China, mesmo com o dólar forte, mesmo com a economia instável, o barril ainda vale US$ 80", disse Carl Larry, analista da Oil Outlooks and Opinions.

Os operadores de petróleo têm acompanhando a oscilação do dólar nas últimas semanas, já que quando a moeda norte-americana está mais fraca a commodity se torna mais barata para compradores que utilizam outras moedas. Além disso, a queda do dólar tem feito com que os investidores se dirijam para ativos tangíveis, como o petróleo e o ouro.

Segundo operadores, o petróleo deve continuar a acompanhar o comportamento do dólar, e futuras quedas da moeda norte-americana podem manter a commodity em uma nova faixa de negociação entre US$ 80 e US$ 85 o barril. "Se nós analisarmos os números do DoE, eles foram levemente altistas, mas está claro que é o dólar que está controlando o mercado de petróleo no momento", comentou Mike Zarembski, analista sênior de commodities da OptionsXpress.

Os estoques de gasolina cresceram 1,155 milhão de barris, ante a previsão de queda de 1,3 milhão de barris. E os estoques de destilados, categoria que inclui óleo para aquecimento e diesel, caíram 2,155 milhões de barris, sendo que a estimativa era de declínio de 600 mil barris. A redução além do esperado nos estoques ajudou a impulsionar os preços do óleo para aquecimento. Os contratos futuros com entrega para novembro subiram US$ 0,0655 (2,99%), a US$ 2,2548 o galão. Os contratos de gasolina reformulada (RBOB) para novembro avançaram US$ 0,0343 (1,67%), para US$ 2,0826 o galão.

"Os estoques estão começando a cair, lenta mas solidamente, e eu acredito que essa será a tendência a partir de agora", disse Andy Lebow, analista de petróleo da MF Global.

TN PETRÓLEO

Estaleiros a toque de caixa

A política da Petrobras de privilegiar a compra de navios feitos no Brasil aliada ao cenário de ampliação da demanda por embarcações para a exploração de petróleo geraram um efeito fomentador de estaleiros de grande porte sem precedentes no país. O tipo de empreendimento que nos tempos áureos se concentrava no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, agora aparecem em Suape (PE), Pontal de Coruripe (AL), Aracaju (SE), Maragojipe (BA) e Biguaçu (SC). Nessas cidades, a licença ambiental prévia vale a participação em licitações e isso provoca uma verdadeira corrida contra o tempo. Em jogo, a inversão de bilhões de reais em negócios que geraram milhões de dólares em embarcações. Nem sempre os preceitos legais (e ambientais) são rigidamente observados e é nessa hora que entra em ação o Ministério Público Federal.

Em Alagoas, no dia 28 de setembro, o procurador da República Bruno Baiocchi Vieira assinou uma ação civil pública contra o Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e o Estaleiro Eisa pedindo a nulidade do processo de licenciamento do projeto que desapropriou praias e terrenos da União para construção do empreendimento. O procurador argumenta que a desapropriação não pode ocorrer por decreto do governador do estado, uma vez que a área é bem da União.

Novos estaleiros no Brasil

Fortaleza, CE -> estaleiro Promar CE não conseguiu obter licença ambiental da prefeitura de Fortaleza, mudou de nome e se transferiu para Suape, PE

Suape, PE -> estaleiro Atlântico Sul (navios petroleiros e plataformas de petróleo)
-> estaleiro Promar (navios gaseiros e embarcações off-shore)

Pontal de Coruripe, AL -> estaleiro Eisa (navios petroleiros e plataformas de petróleo)

Aracaju, SE -> estaleiro Santa Cruz (rebocadores)

São Roque do Paraguaçu, BA -> estaleiro do Paraguaçu (plataformas de petróleo)

Biguaçu, SC -> estaleiro OSX (plataformas flutuantes e outros equipamentos)

* * *

Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul -> tradição com dezenas de estaleiros
podem gerar milhares de empregos (e multiplicar a arrecadação de impostos), são comuns facilidades e pressa na emissão dos licenciamentos. Em Alagoas, o Ministério Público Federal reuniu documentação criticando o IMA por emitir um licenciamento ambiental sem que o estaleiro apresentasse mapa, croqui ou um esboço do projeto de construção. “O licencimaneto foi feito às cegas”, declarou Bruno Baiocchi Vieira na ação.

A crítica da pressa sem detalhamento feita pelo representante do Ministério Público Federal em Alagoas é semelhante ao argumento utilizado em Pernambuco, contra um processo de desmatamento de 17 hectares de Mata Atlântica, 508 ha de manguezal e 166 ha de área de restinga para futura ampliação do Complexo Portuário de Suape. O promotor Salomão Abdu Aziz Ismail Filho, do Ministério Público de Pernambuco, pede na ação um Estudo de Impacto Ambiental e um Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) atualizado para, somente depois, realizar o desmatamento.

Paraíso dos estaleiros

Suape, na região metropolitana do Recife, é o paraíso dos estaleiros. O primeiro dessa nova onda nacional foi o Estaleiro Atlântico Sul (EAS). O empreendimento nasceu com a ambição de ser o maior do hemisfério sul, foi construído ao mesmo tempo em que entregou o petroleiro João Cândido (de 145 mil toneladas de porte bruto) e atualmente solda as últimas vigas do casco da plataforma P-55, além de trabalhar na entrega de outros 22 petroleiros para a nova frota da Transpetro. Como o porto e o complexo industrial de Suape têm mais de 30 anos, não houve questionamentos para a construção do EAS, mas sim da ampliação que começa a ser desenhada com o pedido de desmatamento aprovado na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Vale dizer que nem todos os pontos do cais foram ocupados.

Vizinho ao EAS está sendo levantado o estaleiro Promar, também de grandes proporções. O novo empreendimento teve cais e portas abertos em Pernambuco, além de licenciamento ambiental vapt-vupt depois que a prefeitura de Fortaleza se recusou a agir da mesma forma. O estaleiro já tinha nome e marca divulgados, Promar Ceará, e teve de suprimir a menção do estado por não conseguir espaço licenciado na Praia do Titanzinho. O argumento da prefeita Luizianne Lins foi de que o município tinha uma tradição turística e que poderia perder mais do que ganhar com a indústria naval.

Lógico que o turismo não é o único prejudicado com empreendimentos que ocupam centenas de metros de litoral e convertem tantos insumos. Os estaleiros de navios de grande porte precisam de canais com profundidade suficiente para seus petroleiros serem colocados em mar aberto. Na ação civil pública pedindo a nulidade da licença concedida ao Estaleiro Eisa, no Pontal do Coruripe (AL), o Ministério Público argumenta que o EIA/Rima do empreendimento prevê navio que pedem canais com até 16 metros de profundidade em uma área que hoje possui calado de seis a oito metros de fundura. “No entanto, o EIA/Rima não explicou como fará as escavações ou dragagens no mar”, critica o procurador Bruno Baiocchi Vieira.

O veterinário João Carlos Borges, da Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA), comenta que a construção de canais pode representar restrição de uso para algumas espécies, prejudicando a presença de bancos de algas marinhas, aguapés e capim-agulha, itens da dieta de um peixe-boi, por exemplo. Outro problema apontado pelo biólogo é que alguns metais pesados e poluentes poderiam ter sua concentração aumentada na água. “Isso poderia afetar diversas espécies de animais”.

João Carlos e a bióloga Danise Alves realizaram este ano um censo aéreo, como parte de um estudo sobre a população de peixes-boi no litoral nordestino a partir de Sergipe e, por isso, apontam alguns endereços de estaleiros, em especial no Pontal do Coruripe, Alagoas, como frequentados por esses mamíferos. “Eles também foram avistados no litoral de Sergipe e, em menor número, nas imediações do Porto de Suape”, conta João Carlos.

Como exceções para as regras de ações contrárias a instalação de estaleiros, vale dizer que o Estaleiro Santa Cruz, em Aracaju, e o projeto para construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, em Maragojipe, no Recôncavo Baiano, não enfrentaram questionamentos dos Ministérios Públicos federais em seus estados.

Projeção do estaleiro OSX, em Santa Catarina.
Caso catarinense


No entanto, a situação é delicada em Biguaçu, na Grande Florianópolis. O procurador Eduardo Barragan abriu inquérito civil público para acompanhar o licenciamento ambiental do Estaleiro OSX, empreendimento que servirá à OGX, empresa de exploração de petróleo em águas rasas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista.

O procurador Barragan quer fiscalizar o cumprimento da legislação pelas instituições envolvidas, resguardar os princípios da atividade econômica e proteger o meio ambiente, conforme nota que publicou. Barragan não dá declarações para a imprensa, como forma de preservar seu trabalho de fiscal da Constituição.

O assessor jurídico do gabinete do procurador, Alexandre José Reis, oferece mais detalhes ao explicar que o projeto do Estaleiro OSX passa por três unidades de conservação federais do ICMBio e, por essa razão, o licenciamento é de competência federal e não da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) do governo de Santa Catarina. O Ibama, em Brasília, continua Alexandre José Reis, avocou para ele a responsabilidade sobre o licenciamento para o estaleiro e o processo seguiu para a capital federal.

O assessor do Ministério Público Federal argumenta que o canal oceânico que necessita ser dragado para a construção do Estaleiro OSX atinge três unidades de conservação, entre elas a Área de Proteção Ambiental de Anhatomirim. A ação alteraria a qualidade da água, capaz de perturbar os mamíferos aquáticos, como o golfinho cinza (Sotalia fluviatilis), além de toda a fauna (e flora) aquática. Outro argumento levanta que a erosão costeira provocaria alteração na altura das ondas, o que geraria danos ao ecossistema da Estação Ecológica de Carijós. Alexandre José Reis vai mais longe. “Essa obra pode fazer a Praia Jurerê Internacional desaparecer”. A praia é a mais importante de Florianópolis.

O diretor de sustentabilidade do Grupo EBX, Paulo Monteiro, classifica como positivos os questionamentos do Ministério Público Federal e responde a cada uma das suspeitas que estão sendo levantadas. “A fiscalização do Ministério Público é natural e dá mais credibilidade para o empreendimento”, comenta.

De acordo com Monteiro, o projeto do Estaleiro OSX não prejudicará os golfinhos da região por ter sido feito levando em consideração o mamífero aquático. “Há vinte anos os golfinhos estão morrendo. Nós nos propomos a salvar os golfinhos com ações mitigatórias”, defende-se. Quanto a possibilidade de haver turvamento da água com a construção do canal, Paulo Monteiro explica que a técnica de dragagem planejada não provocará a turvação e será feita nos meses em que a presença de golfinhos na região é reduzida. O trabalho, adiantou, prejudicará a pesca, mas as associações de pescadores estão sendo convocadas para debater uma compensação financeira pelos dias parados.

O diretor da EBX também descartou problemas de erosão ou reflexo do trabalho no tamanho das ondas. De acordo com ele, há muita paixão e muitos comentários feitos sem que seja observado o projeto do estaleiro. “Temos o apoio das universidades, das prefeituras e de alguns ambientalistas”.


O ECO

CURSOS DO CPDOC - FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

Laboratório de Estudos sobre Militares (apresentações)

Dando continuidade às suas atividades, o Laboratório de Estudos sobre Militares (LEM) do CPDOC convida a todos para sua quarta reunião no dia 28 de outubro às 15h, no auditório 1013.
No dia haverá apresentações de:
Helena Carreiras (Professora do ISCTE/ Instituto Universitário de Lisboa. IUL e vice-diretora do Instituto de Defesa Nacional de Portugal).
Comunicação: Opinião pública, defesa e Forças Armadas em Portugal
Maud Chirio (Doutora em História pela Sorbonne - Paris I, professora da Universidade de Paris Est - Marne la Vallée).
Comunicação: Mobilizações políticas e revoltas de oficiais durante a ditadura militar.

Local: Fundação Getulio Vargas
Praia de Botafogo, 190. Auditório 1013 (10º andar)
Data: 28 de outubro de 2010
Horário: 15h
A entrada é gratuita e não é preciso fazer reserva. A FGV não permite o acesso de pessoas com shorts ou bermudas nem com sandálias tipo havaiana.

 Diálogos: Cultura e Inovação (seminário)

A coordenação do MBA em Gestão e Produção Cultural, uma parceria entre o CPDOC e a EBAPE da FGV, juntamente com o FGV Management, convidam parao Seminário sobre Diálogos: Cultura e Inovação, que visa discutir as mudanças em curso nas áreas da Cultura e da Economia Criativa, potencializadas pela sociedade em rede e pela convergência de mídias.
Dia 25/10, das 19h às 22h
Inovações em Políticas de Cultura e nos Modelos de Sustentação
Este bate-papo reúne realizadores envolvidos de diferentes formas na criação e gestão de políticas públicas de cultura para explorar ideias e alternativas para promover e financiar projetos culturais e diminuir a exagerada dependência dos mecanismos de renúncia fiscal.

Dia 26/10 – das 19h às 22h
Música e as Novas Mídias
Esta roda debaterá as muitas mudanças que o setor musical vem sofrendo a partir dos processos de inovação tecnológica e as novas formas de criação, difusão e fruição da música.

Dia 26/10 – das 19h às 22h
Inovações em Produção Cultural
Esta roda conversará sobre as novas formas de organização de produções culturais, viabilizadas ou influenciadas pelas redes sociais, baseadas na Internet e nos dispositivos móveis.


Para mais informações sobre estas mesas, clique aqui.

Local: Fundação Getulio Vargas
Praia de Botafogo, 190. Auditório do 12º andar.
Dias: 25 e 26 de Outubro de 2010
Horário: das 19 às 22 horas

A entrada é gratuita mas é preciso inscrever-se. As vagas são limitadas. INSCREVA-SE.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Robô do INESC Porto adquirido por consórcio brasileiro

Mecanismo vai ser aplicado num sistema inovador de inspecção de barragens

O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC Porto) assinou um contracto com um consórcio brasileiro, liderado pela CEB Lajeado, para desenvolver, ao longo dos próximos três anos, um sistema inovador de inspecção de barragens e das respectivas bacias, baseado num submarino-robô autónomo.

Os bons resultados alcançados por um robô semelhante adoptado pelas Águas do Oeste na monitorização de emissários submarinos catapultaram esta tecnologia com chancela portuguesa para o mercado internacional.

O sistema a desenvolver, avaliado em 1,6 milhões de euros, permite não só recolher dados sobre a qualidade da água e a morfologia da bacia hidrográfica, mas propõe-se recolher informação visual com uma precisão na ordem dos centímetros e mesmo a possibilitar a inspecção em tempo real.

Na prática, o aparecimento desta tecnologia significa que estas tarefas de monitorização passam a ser feitas com maior frequência e com menos custos associados, o que permite antecipar anomalias e evitar acidentes ecológicos. Garante-se, assim, a integridade das estruturas das barragens por mais tempo e um melhor aproveitamento dos recursos hídricos.

O INESC Porto é membro do cluster do Mar, OCEANO XXI, e este contrato é considerado pela instituição como “o resultado dos esforços realizados no desenvolvimento de sistemas inovadores e de impacto económico elevado no âmbito das actividades ligadas ao domínio da água, incluindo a economia do mar”.

CIÊNCIA HOJE

Curso ensina a manipular robôs submarinos para exploração de petróleo

O professor Eduardo Meurer é formado no Instituto Shirshov de Oceanologia, na Academia Russa de Ciências.  Aprender a pilotar um minisubmarino não-tripulado, equipado com câmeras de vídeo, sensores e acessórios, para observação à distância do fundo do mar. Este é o objetivo dos cursos Introdução, Piloto e Piloto Avançado de ROV (Remotely Operated Vehicle), sigla em inglês para veículos operados remotamente. As capacitações serão realizadas pelo Núcleo de Tecnologia Marinha e Ambiental (NUTECMAR), em Santos.

Formado como Piloto de Micro ROVs no Instituto Shirshov de Oceanologia, na Academia Russa de Ciências, professor e um dos sócios-diretores do NUTECMAR, Eduardo Meurer, explica que os pilotos de ROV podem atuar na exploração de petróleo no fundo mar, na camada pré-sal, mercado bastante promissor, principalmente, na região, com as recentes descobertas na Baía de Santos. "Neste momento a tecnologia marinha é fundamental, e quem tiver conhecimento nesta área será bem sucedido", ressalta.
Segundo Meurer, o profissional ainda tem outras possibilidades no mercado. "Trata-se de uma área bastante promissora, pois o mercado relativo aos robôs subaquáticos vai muito além. O profissional pode atuar em inspeção de cascos de navios, de cais e de pontes, de barragens, condutos e turbinas de usinas hidrelétricas, de segurança portuária, em missões de resgate subaquático, em inspeções de sistemas de tratamento e abastecimento de água, em pesquisas de biologia marinha, oceanografia e arqueologia subaquática, entre outros".
Para ele, outra vantagem é a praticidade da execução do trabalho. "Muitas destas atividades podem ser realizadas à distância e, inclusive, a partir de terra firme, pois são feitas quase sempre por controle-remoto. O treinamento e a prática com equipamentos pequenos, como os Micro ROVs, são o pontapé inicial para quem quer enveredar por esse universo tecnológico", afirma.

A área carece de profissionais e, por isso, trata-se de um trabalho bastante valorizado. "Em apenas um mês de trabalho, paga-se todo o investimento destinado à formação", explica. "Um piloto de ROV pode ganhar até R$ 10 mil por mês", finaliza o sócio-diretor da NUTECMAR.
Cursos - Introdução ao ROV: de 5 a 7 de novembro, das 9 às 18 horas; Piloto de Micro ROV, de 8 a 11 de novembro, das 9 às 18 horas; Piloto Avançado de Micro ROV de 14 a 17 de janeiro de 2011. Outras informações no site www.nutecmar.com.br

NUTECMAR - O Núcleo de Tecnologia Marinha e Ambiental (NUTECMAR) é formado por uma equipe multidisciplinar e especializada com vocação educacional e tecnológica. Seus principais objetivos são a capacitação de mão-de-obra qualificada e a busca por soluções tecnológicas que contribuam com a melhoria das condições ambientais e que confiram maior facilidade e segurança à realização de tarefas em ambientes marinhos ou em outros corpos hídricos.

O NUTECMAR fica na Avenida dos Bancários, 76, cj. 14, na Ponta da Praia, em Santos (SP). Outras informações sobre cursos, equipamentos e áreas de atuação no site www.nutecmar.com.br.

O NOTICIÁRIO

Brasil rejeita ação da Otan no Atlântico Sul

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentou formalmente aos Estados Unidos a rejeição do Brasil a qualquer interferência da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Atlântico Sul. Em conversas com autoridades americanas nos últimos dias, Jobim afirmou que o governo brasileiro vê com reservas as iniciativas de Washington de associação das duas áreas geoestratégicas do oceano. 

A tese da "atlantização" da Otan tem sido reforçada especialmente pelos EUA, que conseguiram estender a ação dessa organização a regiões distantes do Atlântico Norte, como o Afeganistão.

"O Atlântico Sul responde a questões de segurança muito diferentes das do Atlântico Norte", afirmou Jobim ao Estado. "A Otan não pode substituir a ONU", acrescentou ele, referindo-se ao temor de os EUA se valerem dessa organização para promover ações multilaterais sem o respaldo do Conselho de Segurança das Nações Unidas. 

Jobim já havia anunciado a preocupação brasileira em uma conferência no Instituto de Defesa Nacional, em Lisboa, em setembro. Na ocasião, argumentou que uma interpretação literal do conceito de "atlantização" da Otan permitia a intervenção dessa entidade em qualquer parte do mundo e sob vários pretextos, especialmente o risco energético. Diplomatas brasileiros informaram que o governo tenta convencer sócios da Otan também parceiros comerciais do Brasil na área militar, como a França e a Itália, a desaprovar esse conceito.

Ontem, Jobim expôs a posição brasileira ao conselheiro de Defesa Nacional da Casa Branca, general James Jones. Na noite anterior, havia explicado a questão ao subsecretário de Estado para o Hemisférico Ocidental, Arturo Valenzuela. O tema foi explorado ainda pelo ministro em uma mesa-redonda na Universidade Johns Hopkins, ontem, da qual parlamentares americanos participaram.

Jobim explicou ao Estado que o Brasil não entrará em entendimento com os EUA sobre essa questão porque o país não ratificou a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982. A rigor, isso significa que a Casa Branca não é obrigada, por lei, a respeitar a plataforma continental de 350 milhas náuticas de distância e os 4.000 quilômetros quadrados de fundos marinhos do Brasil, que estão definidos pela convenção.

Essa situação traz preocupações especiais ao governo brasileiro em relação à exploração de petróleo na camada do pré-sal. 

O ESTADÃO

Supertufão se aproxima da China e portos suspendem operações

HONG KONG (Reuters) - Portos e terminais petrolíferos em Hong Kong e no sul da China interromperam as operações nesta quinta-feira, forçando navios petroleiros a ancorar a pouca distância da costa para enfrentar um dos maiores tufões no litoral do sul da China nos últimos anos. 

Retornaram ao porto 53 mil embarcações pesqueiras. Cerca de 200 mil pessoas foram removidas de áreas baixas na ilha turística de Hainan, vulnerável a fortes inundações, e outras 150 mil da província costeira de Fujian, informou a agência oficial de notícias Xinhua. 

Autoridades da Marinha dizem que o tufão poderá causar uma imensa e destrutiva onda de tempestades ao longo da região costeira da China. 

"A onda de tempestades poderia ser tão devastadora que edifícios, portos, vilas e cidades poderiam ser destruídos", declarou o diretor do Centro de Previsões do Mar do Sul da China, Bai Yiping, da Administração Oceânica Estatal, segundo a Xinhua. 

O tufão Megi matou 19 pessoas nas Filipinas e parecia prestes a atingir no sábado o leste de Hong Kong, uma das cidades mais populosas da China e um importante centro comercial e financeiro. 

"Se formos atingidos diretamente, isso terá um grave impacto sobre Hong Kong", disse Lai Tung-kwok, uma autoridade do setor de segurança. 

Os ciclones, na Ásia chamados de tufão, normalmente assolam a região entre maio e setembro, quando as águas do mar estão mais quentes. 

(Reportagem de James Pomfret em Hong Kong e John Mair em Manila, reportagem adicional de Ralph Jennings em Taipé)

FONTE: G1

PARA A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR VOLUNTÁRIO (SMV) COMO OFICIAL EM 2011

No período compreendido entre 25 a 29 de outubro de 2010, os cidadãos, de ambos os sexos, poderão cadastrar-se para prestação do Serviço Militar Voluntário (SMV) em 2011, para o exercício de atividades nas áreas de Apoio à Saúde, Técnica e de Engenharia como Oficial de 2ª Classe da Reserva da Marinha (RM2). 

O cadastramento poderá ser realizado pessoalmente no Serviço de Recrutamento Distrital do Comando do 6º Distrito Naval, sito à Rua 14 de março, s/nº - Centro - Ladário - MS, de segunda a sexta-feira, das 08:15 às 11 horas e de 13 às 16:30 horas. 

Estão disponibilizadas as seguintes vagas: Fisioterapia – 01; Fonoaudiologia – 01; Psicologia – 01; Administração – 02; Ciências Contábeis – 01; Comunicação Social – 01; Informática – 02 e Engenharia Naval – 01.

O Aviso de Convocação contendo as instruções para o cadastramento está disponível para consulta na página da INTERNET (www.6dn.mar.mil.br) do Comando do 6º Distrito Naval, no link "Serviço Militar".

Dongfeng fecha parceria no Brasil

Mais uma montadora da China, a Dongfeng, decidiu intalar-se no Brasil e São Paulo é, até agora, o Estado com mais chances de receber a futura fábrica da empresa. Uma delegação de 14 integrantes, que inclui representantes do governo da província de Hubei e fornecedores, além dos executivos da própria Dongfeng, vieram a São Paulo para escolher um parceiro entre as seis empresas com as quais negociaram nos últimos dias. O acordo de cooperação será assinado hoje.

O parceiro escolhido representará a marca no Brasil na etapa que prevê a venda de veículos da marca importados da China. A segunda fase da estratégia de exploração do mercado brasileiro prevê a construção de uma fábrica no Brasil. A ideia inicial é incluir o representante da marca no Brasil também nesse projeto. A produção de 1,9 milhão de unidades em 2009 coloca a Dongfeng entre os três maiores fabricantes de veículos da China.

O vice-diretor-geral da Dongfeng, Zhou Qiang, fará hoje uma apresentação oficial dos planos da empresa a representantes da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo vão assistir a uma apresentação da Fenabrave, a associação que representa as concessionárias de veículos no país, sobre o mercado brasileiro. O governo paulista aproveitará para detalhar o programa de incentivos do Estado.

A delegação foi organizada pelo vice-governador da província de Hubei, Tian Chengzhong, de 57 anos, que trouxe com ele integrantes da equipe de comércio e de relações internacionais da província chinesa.

Entre os executivos da cadeia de fornecedores vieram representantes da Wuhan Iron and Steel Corporation (WISCO), o grupo siderúrgico chinês que comprou parte da empresa de minério de ferro MMX e fez acordo de intenção com a LLX para ter uma siderúrgica no Porto Açu, que está sendo construído pelo empresário Eike Batista. Também vieram diretores da Daye Non-ferrous Metals Co., Ltd. (DNMC), produtora de cobre, e da FiberHome Technologies, uma empresa de produtos de comunicação sem fio e redes de dados, principalmente na área de fibra óptica.

Para entrar no mercado brasileiro, a direção da Dongfeng procurou o grupo Hong Ji, uma agência brasileira especializada em consultoria em comércio exterior e viagens e turismo. A Hong Ji tem escritórios em Pequim e Hong Kong.

Além de veículos, a Dongfeng uma companhia estatal, produz peças e equipamentos. No portfólio dos veículos, tem modelos de todos os tamanhos e para todos os gostos. Fabrica carros de passeio, vans, caminhões e ônibus. O grupo chinês já tem uma série de parcerias com outras montadoras. Atua com a coreana Kia Motors, com as japonesas Honda e Nissan e com o grupo francês PSA Peugeot Citroën.

Com cerca de 120 mil empregados, a gigante chinesa é dona de um faturamento anual próximo de US$ 25 bilhões. As últimas notícias divulgadas pela empresa, na China, mostram o interesse em ampliar a área de atuação fora do país de origem. A montadora também tem um departamento que estuda o desenvolvimento de veículos elétricos. No último salão do automóvel de Pequim, em abril, a marca apresentou um protótipo do elétrico chamado de I-Car, que chamou a atenção pelo painel futurista com comandos inseridos em uma tela sensível ao toque.

O Estado de São Paulo saiu na frente na disputa pelas fábricas de veículos de marcas chinesas. Em meados de setembro, a Chery anunciou o plano de investir US$ 400 milhões numa fábrica em Jacareí, a cerca de 80 quilômetros da capital paulista. Na primeira fase do projeto, a Chery investirá US$ 134 milhões. A inauguração do empreendimento está previsto para o fim de 2013. Na primeira fase serão produzidos 50 mil veículos ao ano, com a criação de cerca de mil empregos diretos. Na segunda fase do investimento, segundo foi anunciado pela montadora ao governo paulista, poderão ser criados três mil empregos, com capacidade de produção de 150 mil veículos por ano. Próxima à Via Dutra, a unidade da Chery terá um milhão de metros quadrados de área construída. Os modelos Chery estão sendo produzidos no Uruguai, numa parceria com o grupo Macri.

O crescimento do mercado brasileiro tem atraído a atenção dos fabricantes de veículos de todo o mundo. Mas foi neste ano que os planos das marcas asiáticas começaram a se destacar. Além das chinesas, o Estado de São Paulo já atraiu a coreana Hyundai, que está no início de construção de uma fábrica em Piracicaba. Nos primeiros nove meses do ano, a soma dos veículos trazidos da China e Coreia representaram 26,5% do volume de veículos importados pelo Brasil.

Fonte: valor Econômico/Marli Olmos | De São Paulo

Agnelli diz que Vale pode dobrar de tamanho em 4 a 5 anos

A estratégia será o crescimento orgânico e não o caminho das aquisições, já que a empresa possui uma série de projetos em desenvolvimento

LONDRES - O presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou que a empresa pode dobrar de tamanho em quatro a cinco anos. A estratégia será o crescimento orgânico e não o caminho das aquisições, já que a empresa possui uma série de projetos em desenvolvimento.

Segundo ele, a maior parte dos investimentos, ou quase 70%, será feita no Brasil. O objetivo é avançar na produção de minério de ferro e fertilizantes e terminar os projetos já iniciados na área de cobre. A companhia tem iniciativas em diversos países, como Argentina, Canadá e nações da África.

Agnelli disse que, nos próximos anos, será presenciado o nascimento de uma "nova Vale", quase do mesmo tamanho da atual, com enormes projetos ao redor do mundo. "Estamos investindo pesado, temos recursos e reservas", afirmou. Para o executivo, o maior desafio da empresa no momento é a falta da mão de obra qualificada. "Esse é o nosso gargalo."

A empresa também aposta em projetos de energia renovável, com destaque para o óleo de palma e a biomassa. Ele acredita que esse é o futuro da indústria, pois "o petróleo pode estar ficando velho".

Fonte: Agência Estado/Daniela Milanese

Navios de guerra abertos à visitação

Três navios de guerra brasileiros que atracaram no Porto do Recife ontem, estarão disponíveis para visitação pública, gratuitamente, hoje e amanhã. A parte externa do Almirante Saboia e dos varredores Araçatuba e Albardão terão a parte externa vista de perto pela população que chegar ao cais nº 9 e no Marco Zero, no bairro do Recife. A visita ao Saboia será das 14h às 17h, enquanto os varredores poderão ser vistos hoje das 12h às 15h e amanhã, das 14h às 17h.

O Almirante Saboia é um navio do Rio de Janeiro, que normalmente transporta carros de combate de tropas, o mesmo que levou ajuda humanitária ao Haiti em fevereiro deste ano, depois do terremoto que comprometeu a infraestrutura do país. No local, além de conferir a estrutura disponível, os visitantes vão poder ter a noção do espaço em que vivem os marinheiros que saem em missões, bem como observar o navio de seu ponto mais alto, de onde é possível acompanhar as operações do maquinário da Marinha.

A tripulação, que veio ao Recife depois de deixar a cidade de Natal, recebeu um reforço de 300 alunos da Escola de Aprendizes de Marinheiro de Pernambuco que utilizaram a viagem como viagem de instrução necessária para a formatura do grupo. Mas, segundo o tenente Nelson Ferraz, a missão na capital pernambucana é mais do que educativa. “Essa é uma iniciativa que ocorre uma vez ao ano para oferecer apoio logístico às principais capitais do Brasil. Já estivemos em seis cidades e ainda aportaremos em Maceió, Salvador e Vitória”, explica. A missão deve ser concluída no dia 2 de novembro, quando está prevista a volta do Saboia ao Rio de Janeiro.

Os varredores Araçatuba e Albardão são equipados com armamentos de guerra e fazem parte de um grupo de localização e neutralização de possíveis minas de guerra que poderiam ser colocadas no litoral brasileiro.

Fonte: Diario de Pernambuco

Ibama suspende restrição ao tamanho de redes de pesca

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) liberou, por 60 dias, redes de emalhe de comprimento maior que 2,5 quilômetros (km). Uma portaria de 1998 proíbe a utilização desses equipamentos para pesca em águas brasileiras.
Uma nova portaria, a ser publicada na edição de quinta-feira (21) do Diário Oficial da União, suspende a proibição durante dois meses. Nesse período, um grupo de trabalho irá debater e propor novas medidas para regular a pesca de emalhe no Brasil.
O fim da restrição ao tamanho das redes de emalhar é uma demanda de representantes da pesca industrial, principalmente do Sul do país. Alguns barcos de pesca industrial chegam a utilizar redes de 15 km de comprimento. No entanto, além de peixes, redes com grande extensão capturam pequenos mamíferos e diversas espécies marinhas.
O grupo técnico é formado por representantes dos ministérios do Meio Ambiente a da Pesca e Aquicultura. O Ibama só irá decidir se revoga ou não a restrição de forma definitiva após avaliar as propostas do grupo de trabalho.

(Fonte: Luana Lourenço/ Agência Brasil)

Destruição de recursos naturais causa perdas de US$ 2,5 tri ao ano, diz estudo

A destruição de ativos da natureza, como florestas e pântanos, causa perdas anuais de ao menos US$ 2,5 trilhões no mundo.
A cifra, que supera em quase US$ 1 trilhão o PIB do Brasil, foi citada em um projeto financiado pela Comissão Europeia e apresentado nesta quarta-feira em Nagoya, Japão, durante conferência da Unep, a agência de meio ambiente da ONU.
“The Economics of Ecosystems and Biodiversity” (Teeb) é um estudo de dois anos cujo objetivo é mostrar o valor econômico de florestas, água, solo e corais, bem como os custos ocasionados pela perda desses recursos.
O líder do projeto, Pavan Sukhdev, pediu que “o valor dos serviços da natureza se torne visível” e influencie negócios e decisões adotados pelos países.
Seu relatório afirma que os custos de proteger a biodiversidade e os ecossistemas é mais baixo do que o custo “de permitir que eles mingúem”, e artigo no site do projeto diz que “estamos vivendo do capital da Terra; precisamos aprender a viver dos juros”.

Brasil e Índia – Outra conclusão é a de que a conservação tem papel importante na redução da pobreza, pois “florestas e outros ecossistemas contribuem para a sobrevivência de lares rurais empobrecidos”.
Os líderes do projeto disseram que alguns países estão dando os primeiros passos para levar o valor da natureza em consideração ao adotar políticas públicas, e citam Brasil e Índia como exemplos.
“A abordagem do Teeb é útil para fazer com que (diferentes setores da sociedade) entendam as implicações da perda da biodiversidade e do retorno de investimentos (por conta da) conservação dessa biodiversidade”, disse à BBC News Bráulio Dias, secretário de biodiversidade e florestas do Ministério do Meio Ambiente brasileiro, presente no evento em Nagoya.
Sukhdev disse que 27 países da América Latina e da África pediram à agência ambiental da ONU ajuda para tornar suas economias mais “verdes”.

Cidades – O cálculo do valor de ecossistemas específicos foi aplicado pelo Teeb em cidades como Campala e Nova York.
Em Campala, capital de Uganda, estimativa de 1999 dava conta que o pântano Nakivubo valia entre US$ 1 milhão e US$ 1,75 milhão ao ano, por sua habilidade em purificar o esgoto da cidade.
Segundo o relatório, o cálculo fez com que fossem abandonados planos de drenar o pântano. No entanto, ao longo do tempo o Nakivubo perdeu suas capacidades, e em 2008 foi necessário um projeto para restaurar o local.
“O caso de Uganda mostra que, enquanto a valoração de serviços do ecossistema em geral fortalece argumentos para proteger o capital natural, por si só ela não previne que sejam tomadas decisões que degradem esses serviços”, diz o estudo do Teeb.
Mas essa valoração “estimulou a implementação de normas que premiam os responsáveis por proteger” o ecossistema.
Um caso citado ocorreu em Nova York, onde autoridades pagam donos de terras em uma área montanhosa perto da cidade para que estes adotem técnicas agrícolas mais avançadas.
O objetivo é impedir que nutrientes da terra sejam escoados para rios locais, o que demandaria a construção de custosas estações de tratamento de água.
O incentivo aos agricultores custa entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão, enquanto o valor estimado de uma nova estação de tratamento de água é de US$ 6 bilhões a US$ 8 bilhões.
E Curitiba é citada no relatório como “exemplo” positivo de cidade que expandiu seus parques urbanos com o objetivo de prevenir inundações e oferecer espaço recreativo aos seus cidadãos. Estes contam com, “em média, 50 m² de espaço verde cada um, um dos maiores índices da América Latina”.

(Fonte: G1)

Engenharia brasileira na Mongólia

A Enfil, empresa brasileira fornecedora de soluções ambientais, acaba de assinar contrato para realizar o projeto básico de engenharia de um sistema de dessulfurização de gases de combustão para uma nova siderúrgica a ser implantada na Mongólia, próximo à fronteira com a China.

O sistema a ser usado é conhecido pela sigla FGD - Flue Gas Desulfurization que elimina gases sulfurosos (SOx) das emissões e evita a possibilidade da chamada chuva ácida, pela lavagem dos gases emitidos no processo.

A Enfil está fornecendo 4 sistemas de Dessulfurização de Gases no Brasil para o cliente MPX, do grupo Eike Batista, para as Usinas Termoelétricas em implantação em Itaqui e Pecém.

“O contrato com a Mongólia é pequeno, uma vez que envolve apenas o projeto de engenharia, mas é importante porque confirma internacionalmente a competência tecnológica de nossa equipe”, diz o diretor Franco Tarabini Jr, da Enfil. 

TN PETRÓLEO

Eni e Sonangol anunciam descoberta de petróleo em Angola

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A petroleira italiana Eni e a estatal angolana Sonangol realizaram uma descoberta de petróleo em Angola, anunciou a Eni nesta terça-feira (19), em Milão. A descoberta de petróleo foi no poço Mpungi-1, no bloco 15/06, em águas profundas da Bacia do Baixo Congo. Petrobras é sócia por terra.

Segundo o comunicado da Eni, a descoberta foi feita num poço do bloco Mpungi-1, a cerca de 120 quilômetros da costa angolana, que foi perfurado a uma profundidade total de 2300 metros tendo o fluxo de petróleo encontrado excedido 6 mil barris por dia.

O poço Mpungi-1, localizado no Bloco 15/06, a 120 km do contorno da costa, está sendo perfurado a uma profundidade total de 2,3 mil metros, acrescentou a companhia. Eni é operadora com 35% de participação do Bloco 15/06 enquanto a Sonangol E&P possui 15%.

Outros sócios da joint-venture são: Petrobras (com 5%), SSI Fifteen Limited (20%), Total (15%), Falcon Oil Holding Angola SA (5%) e a Statoil (5%).
 
TN PETRÓLEO

Advogado lança livro sobre o pré-sal

O professor e advogado mineiro Cláudio Araújo Pinho lança nesta quarta-feira (20), no Rio, o livro “Pré-Sal: História, Doutrina e comentários às leis”. O lançamento será realizado na sede do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), instituição jurídica mais antiga do Brasil do qual o autor é membro e faz parte da comissão de petróleo, gás e biocombustíveis.

A obra aborda temas históricos, normativos, econômicos, legais e constitucionais do setor de petróleo e analisa os projetos de lei do pré-sal. O livro de conteúdo jurídico pretende fomentar e legalizar o assunto, frequentemente, tratado pela mídia.

TN PETRÓLEO

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Por que proteger o mar?

Lançado no dia 19 de outubro, durante a Convenção da Diversidade Biológica da ONU, o livro "Proteção Global dos Oceanos: perspectivas atuais e oportunidades futuras", compilado pela IUCN (Internacional Union for Conservation of Nature), The Nature Conservancy e outros parceiros, avalia a situação global dos oceanos e oferece soluções para suprir as demandas de proteção ambiental dos recursos marinhos.  É uma publicação com as melhores visões cientificas e políticas disponíveis hoje, escritas por 30 dos maiores conservacionistas internacionais -- material sólido para estimular governos na criação de áreas protegidas.

Com apenas 1% das extensões oceânicas sobre proteção legal, os países estão com 10% de atraso nas metas previstas para 2010. Ainda são necessárias mudanças e esforços políticos consistentes para gerenciamento dos recursos marinhos.

Atualmente existem 5.880 áreas marinhas protegidas, a maioria localizada nas regiões de costa, o que não cobre toda a diversidade de ambientes oceânicos. Para que se atinja um padrão ótimo de conservação marinha, que esteja associado com a produção de alimentos, qualidade de vida e saúde humanas é preciso ter gerenciamento adequado, planejamento espacial e criação de áreas protegidas, como direciona a publicação da IUCN.

Em outubro, o Chile anunciou a criação de uma grande reserva marinha na região da ilha Sala y Gómez no Pacífico. No entanto, os planos atuais de conservação dos oceanos ainda não são suficientes para garantir sua real proteção. 

Baixe o livro aqui.

Petrobras alavanca crédito para fornecedores do pré-sal

SÃO PAULO - O Plano de Negócios da Petrobras para o período de 2010 a 2014, que prevê investimentos de US$ 224 bilhões, resultou em um problema para a estatal: o de encontrar fornecedores para todos os equipamentos que demandará para explorar e produzir petróleo no Brasil. Face a este complicador, a companhia fechou acordos com seis bancos de varejo para ajudar no financiamento de empresas que atendem direta e indiretamente a petrolífera. São eles: Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Caixa, HSBC e Itaú Unibanco, além do Banco Econômico de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De acordo com o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, a Petrobras autorizou a apresentação de contratos como garantia de toda a cadeia de fornecedores que atendem a indústria do petróleo e gás e tenham um relacionamento comercial com a estatal, possibilitando a obtenção de financiamento e, dessa forma, aumentando a capacidade produtiva. "O nosso plano de investimentos exigirá que a cadeia de fornecedores da indústria do petróleo trabalhe no limite de sua capacidade", afirmou o executivo. "Necessitamos de um grande volume de plataformas, compressores, tubos, entre outros equipamentos, e queremos trazer essa produção para o Brasil. Para isso, precisamos forçar esse aumento da capacidade de produção no País", destacouGabrieli.

Um dos processos de contratação cujos fornecedores, diretos e indiretos, poderão ser beneficiados é o que colocará pedidos de 28 sondas fabricadas no Brasil e que já está em licitação: esses contratos deverão alcançar US$ 22,4 bilhões. Porém, a perspectiva de equipamentos é bem maior. Gabrielli disse que a estatal demandará, a cada 100 mil barris produzidos ao dia, pelo menos dois superpetroleiros e equipamentos para 15 a 20 poços para alcançar esse volume de produção.

"Para que possamos atender as nossas perspectivas, é necessário que tenhamos as garantias de entregas dessas encomendas, por isso precisamos ampliar a capacidade de produção nacional", complementou ele.

Os investimentos da Petrobras para este ano deverão ficar em R$ 85 bilhões após o cancelamento de dotações no valor de R$ 12,92 bilhões e seu remanejamento para investimentos da empresa. Os maiores destinos desses recursos adicionais ficarão com o desenvolvimento de sistemas de produção na Bacia de Campos, com R$ 3,3 bilhões. A modernização das refinarias exigirá outros R$ 3,3 bilhões.

Esse aumento também pode ser viabilizado sem que a Petrobras perca as condições confortáveis para aumentar seus aportes. A empresa apresentou uma queda acentuada de seu nível de alavancagem que, no segundo trimestre (antes da capitalização), estava em 34% e, portanto, próximo ao limite de 35% estabelecido pelo Conselho de Administração da companhia.

Gabrielli destacou que a capitalização deixou a empresa com a necessidade de captar cerca de US$ 35 bilhões no mercado interno e externo, caso o preço médio do barril do petróleo ficar na casa de US$ 80. Esse valor vem da soma entre os investimentos até 2014 e da dívida de US$ 38 bilhões que a companhia tem no período.Para isso, precisará de US$ 262 bilhões que deverão ser obtidos por meio de geração de caixa de US$ 155 bilhões, após o pagamento de dividendos, mais o caixa de US$ 10 bilhões que a empresa possui.

"Levantamos US$ 25 bilhões na capitalização, portanto, essa diferença de US$ 96 bilhões em aberto para nossas operações recua para US$ 70 bilhões. Ao negociarmos a dívida, chegamos à necessidade de levantarmos algo entre US$ 33 bilhões e US$ 35 bilhões", detalhou ele.

Gás

Além do início da operação comercial do campo de Tupi, no pré-sal, a Petrobras iniciará, em novembro, o segundo teste de longa duração na megarreserva de Guará. Em paralelo, segundo o gerente-geral da Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Bacia de Santos, José Luiz Marcusso, a companhia trabalha para iniciar a produção de gás natural do campo de Mexilhão e de Tupi no primeiro trimestre de 2011. Com o início dessa unidade de produção, a empresa colocará no mercado mais 18 milhões de metros cúbicos do insumo.

Segundo Marcusso, toda a infraestrutura offshore (que é utilizada no mar) já está pronta, desde a plataforma, que está mecanicamente completa e em fase final de pintura até os gasodutos que ligarão os campos à estação de gás em Caraguatatuba.

De acordo com o executivo, faltam apenas cinco quilômetros de dutos e um quilômetro de perfuração de rocha para completar o túnel.

Fonte: DCI/MAURÍCIO GODOI

Petrobras em ritmo eleitoral

O Globo

Exploração comercial de Tupi, maior campo do pré-sal, começará às vésperas do 2º turno

Lino Rodrigues



LULA AO lado de Gabrielli, presidente da estatal: "A Petrobras tem um esquema de segurança cheio de frescura, porque por mim eu até tomaria banho de petróleo"


A exploração comercial do petróleo existente na camada do pré-sal na área de Tupi, na Bacia de Santos, deve começar entre os dias 27 e 29 de outubro
- pouco antes, portanto, do segundo turno das eleições para presidente da República, que será no dia 31. O anúncio foi feito ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, durante inauguração das obras de ampliação da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP). A previsão anterior era que a entrada em operação de Tupi - área na qual, estima-se, estejam as maiores reservas do pré-sal - iria ocorrer até o fim do ano.

Segundo Gabrielli, a produção em Tupi já havia começado de forma experimental em maio de 2009
, com cerca de 14 mil barris de óleo por dia. Com o início da exploração comercial, a estimativa é extrair até cerca de cem mil barris por dia.

- Iniciaremos, pela primeira vez, a produção comercial do piloto de Tupi, que terá a capacidade de produção de até cem mil barris por dia. É claro que isso não será obtido logo no início, mas é a capacidade - disse Gabrielli.


Feitos da empresa viram palanque


O presidente da estatal explicou ainda que a decisão de dar início à exploração comercial na próxima semana só aconteceu agora porque a Petrobras está passando para a fase de integração dos poços do campo de Tupi e, dependendo das condições do tempo, a exploração deve acontecer mesmo entre 27 e 29 de outubro.


Segundo o presidente Lula, a data vai ficar marcada na história da indústria petrolífera
, por representar o futuro dessa atividade econômica. Lula, em tom de brincadeira, disse que, se a segurança da Petrobras não fosse "cheia de frescura", tomaria um banho de petróleo para comemorar a retirada do primeiro petróleo de Tupi.

- No dia 28 ou 29, não pode ser antes do dia 28, nós vamos pegar um helicóptero e entrar mar adentro, 300 quilômetros, e vamos pousar o helicóptero numa plataforma que está lá no bloco de Tupi e vamos arrancar o primeiro petróleo. A Petrobras tem um esquema de segurança cheio de frescura, porque por mim eu até tomaria banho de petróleo, mas eles acham que não pode. Eu fico imaginando: a gente vai buscar petróleo a quase sete mil metros de profundidade, uma coisa que estava guardada há 160 milhões de anos, ou seja, é uma coisa quase impensável de a gente acreditar - disse Lula.


Desde julho, o governo tentava antecipar a produção comercial de Tupi. Inicialmente,
a ideia era adiantá-la para setembro, véspera do primeiro turno das eleições. Mas, por questões técnicas, os testes de longa duração que vinham sendo conduzidos no campo não permitiram tal antecipação.

O empenho para adiantar a produção comercial de Tupi se explica por seus números grandiosos. Com reservas estimadas em cinco a oito bilhões de barris de petróleo - metade das reservas brasileiras atuais -,
ele é a menina dos olhos do pré-sal. Foi em Tupi que a Petrobras fez as primeiras descobertas no pré-sal. A estimativa é que lá poderão ser produzidos até cem mil barris por dia de petróleo. O volume é bem maior que os 40 mil barris de petróleo diários que serão produzidos até o fim do ano no campo de Baleia Franca, na porção capixaba da Bacia de Campos, que oficialmente inaugurou a produção comercial do petróleo do pré-sal em julho passado.

Com a antecipação da produção comercial de Tupi, a Petrobras volta a ocupar papel de destaque na campanha eleitoral. O processo de capitalização da empresa - concluído em setembro e pelo qual a estatal recebeu um aporte de R$120 bilhões - foi tema recorrente na campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Na semana seguinte ao primeiro turno, a cerimônia de batismo de mais uma plataforma da Petrobras, a P-57, também ganhou ares de palanque político, ao contar com a presença do presidente Lula.

FORA DO AR

Estivemos com problemas de conexão desde sexta passada, solucionado apenas ontem. Peço desculpas por qualquer demora em novas postagens. Estamos por aqui. Abraços, Lucia Moreira

LLX aposta em tratamento de petróleo

Empresa busca parceira para investir US$1,4 bi em Açu

Danielle Nogueira



OBRAS DO Porto do Açu: tratamento para várias empresas

A LLX, empresa de logística do grupo EBX, controlado por Eike Batista, está negociando com oito companhias a construção de uma unidade de tratamento de petróleo no Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense. O empreendimento deve demandar investimentos de US$1,4 bilhão. A expectativa é que ao menos um contrato com uma das oito possíveis parceiras seja assinado até o fim do ano e que a construção leve mais dois ou três anos.

A unidade de tratamento terá capacidade para 1,2 milhão de barris de petróleo por dia, o equivalente a 67% da produção nacional, de cerca de 1,9 milhão de barris diários. A LLX já tem licença de instalação (LI) para o projeto, mas depende da concretização das conversas com as parceiras para assegurar a demanda e, assim, tocar as obras. A anglo-holandesa Shell, a americana Devon e a empresa de trading europeia Mercuria estão entre as que negociam com a LLX.


- A gente vai buscar fechar um contrato até o fim do ano ou início do ano que vem. Estamos mirando nisso - disse ontem o diretor financeiro da LLX, Leonardo Gadelha, em evento na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

Na unidade de tratamento, o petróleo é separado da água e de impurezas, como areia. Só então pode ser encaminhado a uma refinaria, onde é transformado em gasolina, diesel ou outro derivado. Hoje, a maior parte das empresas estrangeiras que atuam no Brasil não tem unidades de tratamento, pois sua produção não é suficiente para justificar o investimento. A ideia é criar escala de produção ao unir diferentes parceiros em um mesmo projeto. O modelo de negócios ainda não foi definido. É possível que a LLX entre com parte do investimento ou que arrende o terreno.
A LLX também deve definir até o começo de 2011 os detalhes da recuperação de uma linha férrea ligando Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, a Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, além da construção de um ramal ferroviário entre Campos e o Porto do Açu. O trecho que será revitalizado, de cerca de 300 quilômetros, é operado pela concessionária Ferrovia Centro-Atlântico (FCA) - que pertence à Vale. Com isso, as empresas que se instalarem no Açu poderão ter acesso aos mercados de São Paulo, Minas Gerais e outras regiões do Estado do Rio. O investimento estimado na reativação da linha férrea é de R$1,2 bilhão.

O Globo

Brasil levanta a bandeira por aprovação de protocolo

Teve início ontem, em Nagoya, no Japão, a 10ª Conferência das Partes das Nações Unidas (COP10) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Já nesta terça-feira (19), a delegação brasileira fez um discurso em nome do Like-Minded Megadiverse Countries (Países Megadiversos Afins, em tradução livre), Grulac (países latino-americanos) e Asia-Pacific Like-Minded Countries (Países Afins da Ásia e do Pacífico, também em tradução livre). Nele, o ministro da Divisão do Meio Ambiente do Itamaraty, Paulino Franco de Carvalho Neto ressaltou a importância do Protocolo de Acesso e Repartição de Benefícios dos Recursos Genéticos da Biodiversidade (Access and Benefit-Sharing, ou ABS), que pode ser ou não aprovado durante o encontro.

“Para termos sucesso, no entanto, precisamos do comprometimento de todas as partes, e acima de tudo precisamos de suas vontades políticas”, garantiu. O ministro também acha que este acordo pode colocar um ponto final na biopirataria. Segundo Franco de Carvalho, as discussões em torno de um Plano Estratégico para a próxima década e as mobilizações de recursos são de grande valor para a preservação da biodiversidade, mas apenas farão sentido se o ABS for bem costurado.

Para o Brasil e o grupo de nações que representou no discurso, são três os pré-requisitos básicos para quaisquer arranjos pós-2010: assegurar as divisões igualitárias dos benefícios de recursos genéticos e mecanismos de financiamento; cumprimento da legislação do ABS e harmonia entre as expectativas de cooperação internacional entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e alvos da manutenção da biodiversidade. (Felipe Lobo)

O ECO