LISBOA (Reuters) - A Petrobras e a petrolífera portuguesa Galp Energia confirmaram nesta sexta-feira que o nono poço explorado em águas ultraprofundas da Bacia de Santos tem o potencial de reservas de petróleo leve de Tupi entre 5 e 8 bilhões de barris, reduzindo as incertezas sobre os volumes estimados de óleo leve na camada pré-sal.
"Esse poço comprova que a acumulação de petróleo não só se estende até o extremo sul da área do Plano de Avaliação de Tupi, como, também, que a espessura do reservatório com óleo chega a cerca de 128 metros, o que reduz as incertezas das estimativas de volume de hidrocarbonetos da área", informa a Petrobras em nota.A declaração de comercialidade da jazida está prevista para 31 de dezembro deste ano. O poço informalmente conhecido como Tupi SW, foi perfurado numa lâmina d'água de 2.152 metros. Ele está localizado a cerca de 290 quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro e 11 quilômetros a sudoeste do poço onde a Petrobras faz o primeiro teste de longa duração para obter dados técnicos das jazidas do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos.
A produtividade dos reservatórios do pré-sal no poço perfurado agora será avaliada por testes de formação programados para os próximos meses. Confirmadas as produtividades esperadas, o consórcio BMS-11 estudará a instalação, no sul da área de Tupi, de um dos primeiros navios-plataformas padronizados que estão sendo projetados para operar no pré-sal da Bacia de Santos.
O consórcio que desenvolve a produção no bloco BMS-11, onde está acumulação de petróleo de Tupi é formado pela Petrobras, que é a operadora, com 65% dos direitos exploratórios, o BG Group (com 25%) e a Galp Energia (com 10%) e dará continuidade às atividades e investimentos programados pelo Plano de Avaliação da área aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O GLOBO