A aquicultura e a pesca movimentam U$ 400 bilhões em todo o mundo, sendo que desse total 47% da produção é proveniente da aquicultura. Juntas, sustentam diretamente cerca de 2,6 bilhões de pessoas, e têm papel estratégico na satisfação da demanda crescente por alimentos protéicos.
O Brasil produz atualmente mais de um milhão de toneladas/ano de pescado, gerando um PIB pesqueiro de R$ 5 bilhões e 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos, além de incalculável influência na segurança alimentar e nutricional de muitas populações. Desse total, as exportações representam cerca de 270 mil toneladas por ano. O cultivo e a pesca de organismos ornamentais e a cadeia da pesca amadora mostram-se como enormes potenciais de divisas nacionais ainda pouco exploradas.
O Brasil tem potencial para se tornar totalmente auto-suficiente na produção de pescados a preços acessíveis e ainda, vir a ser um dos maiores produtores mundiais. Além das mais de 2 milhões de áreas naturalmente alagadas, há 10 milhões de hectares de lâmina d’água em reservatórios de usinas hidrelétricas e propriedades particulares no interior do Brasil, e a maior densidade de bacias hidrográficas do mundo, passíveis de exploração tanto pela aquicultura quanto pela pesca.
O País também possui 8,5 mil km lineares de costa marítima, tendo a maior faixa contínua de mangues do mundo e uma Zona Econômica Exclusiva de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a metade do território nacional. Aproveitar esse potencial natural de produção ambientalmente sustentável e benéfica para a nutrição, segurança alimentar e o aumento da renda do povo brasileiro é um desafio que se coloca para o País, de forma emblemática também no contexto global.
Fonte: Secretaria de Estudos Estratégicos
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