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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mais algas e o biocombustível

Embora, entre as matrizes vegetais, a soja seja a principal base do biodiesel do Brasil, sua escala de produtividade é baixa – de 400 a 600 quilos de óleo por hectare – e tem apenas um ciclo anual. O girassol pode produzir um pouco mais, de 630 a 900 quilos. 

No entanto, pesquisa realizada no Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) indica que microalgas encontradas no litoral brasileiro têm potencial energético para produzir 90 mil quilos de óleo por hectare.

E, segundo o estudo, elas têm diversas outras vantagens. Do ponto de vista ambiental, o biodiesel de microalgas libera menos gás carbônico na atmosfera do que os combustíveis fósseis, além de combater o efeito estufa e o superaquecimento.

A alternativa também não entra em conflito com a agricultura, pode ser cultivada no solo pobre e com a água salobra do semi-árido brasileiro – para onde a água do mar também pode ser canalizada – e abre possibilidades para que países tropicais (como a Polinésia e nações africanas) possam começar a produzir matriz energética. Além disso, as algas crescem mais rápido do que qualquer outra planta.

A Algae Biotecnologia Ltda.,  empresa do Grupo Ecogeo, apostou no setor e é a pioneira no desenvolvimento tecnológico de sistemas de cultivo de microalgas e cianobactérias no Brasil e na América Latina. O potencial de produção de biocombustiveis, de outros compostos de interesse industrial e sequestro de CO2 a partir destes microorganismos é imensuravel, e através de um projeto estruturado de pesquisa, a Algae em breve disponibilizará processos e equipamentos para a sua utilização comercial.

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