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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Bactérias associadas às raízes de plantas podem remover óleo de derramamentos

Débora Motta


     
     O projeto comprovou que bactérias associadas às raízes das
     plantas podem ajudar a recuperar áreas poluídas com óleo
Um dos maiores vazamentos de óleo da história, que ocorreu recentemente no Golfo do México, no poço danificado da petrolífera britânica British Petroleum (BP), deixou no mar um desastroso legado de 4,9 milhões de barris, segundo dados do governo americano. Frente ao desafio de despoluir o meio ambiente em situações extremas como essa, uma alternativa natural aponta para o que pode vir a ser um aliado na limpeza de mares e vegetações costeiras. Um trabalho realizado no Laboratório de Microbiologia Marinha da Universidade Federal Fluminense (UFF), sob orientação da pesquisadora Mirian Crapez, com participação da graduanda Luciana Chequer, bolsista de Iniciação Científica da FAPERJ, avaliou a possibilidade de recuperar áreas de manguezais poluídas com óleo, utilizando a capacidade biodegradante de bactérias que vivem associadas, em simbiose, às raízes de plantas.

Trocando em miúdos, essas bactérias são capazes de “comer” o petróleo, transformando as moléculas de hidrocarboneto em outras bem mais simples e menos tóxicas ao meio ambiente (álcoois, ácidos, dióxido de carbono e água) e aproveitando-as em seu metabolismo como fonte de energia vital. “A utilização de micro-organismos associados às raízes de vegetais para ajudar a recuperar ambientes impactados por petróleo é conhecida como fitobiorremediação”, explica Luciana. Essa técnica ainda é pouco estudada no Brasil.


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