A queda das taxas diárias de afretamento das unidades de perfuração já começa a ter reflexo no Brasil. Contrato recente firmado entre a Petrobras e a indiana Aban, em associação com a brasileira Etesco, assegurou uma taxa de US$ 268,5 mil por dia para o navio-sonda Aban Abraham, contratado para perfurar em lâmina d’água de 1.500 m e capacitada para até 1.900 m.
Embora a unidade não seja nova – a sonda pertencia à Transocean, que a vendeu para a Aban no início dos anos 2000 –, o preço surpreendeu o mercado. Considerada extremamente baixa, sobretudo em se tratando de uma sonda para 1.900 m, a taxa está muito inferior ao que vem sendo praticado hoje.
Assinado no início de agosto, o contrato é oriundo de um processo de negociação direta direcionado ao projeto de Papa-Terra, na Bacia de Campos, e conduzido pelo consórcio Petrobras/Chevron. O prazo de afretamento foi acordado em cinco anos, dos quais 950 dias serão voltados à demanda de Papa-Terra.
Antiga Peregrine III, a Aban Abraham estava operando na África. Recentemente, chegou aos EUA, onde será submetida a pequenos reparos para adequação ao contrato da Petrobras.
O navio-sonda entrará em operação em outubro. Como a demanda de Papa-Terra é para abril/maio de 2011, o Abraham iniciará sua campanha atendendo apenas à Petrobras. Além dessa sonda, o consórcio Petrobras/Chevron avalia a possibilidade de contratar uma outra unidade para atender à demanda do projeto de Papa-Terra.
Claudia Siqueira / Revista Brasil Energia
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