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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Tesouros submersos da Espanha

A Marinha espanhola lançou uma ofensiva em sua costa para localizar centenas de navios naufragados que guardam fortunas ainda desconhecidas. A medida visa impedir a ação de americanos caçadores de tesouros, acusados de saquear propriedades da Espanha no fundo do mar.

Em setembro, pelo menos cem pontos com restos de naufrágios foram localizados pela Marinha espanhola no Golfo de Cádiz, uma das áreas mais ricas em tesouros submarinos. E estima-se que de 500 a 800 embarcações repousam no leito do Golfo.

A Espanha quer evitar a experiência que teve em 2007, quando a empresa de exploração marinha Odyssey, com sede na Flórida, encontrou um galeão carregado de objetos e moedas avaliados em US$ 500 milhões.

A Marinha britânica afundou essa embarcação, a Nossa Senhora das Mercês, no sudoeste de Portugal em 1804, quando ela regressava da América de Sul com mais de 200 pessoas a bordo. Uma corte americana decidiu em 2009 que o tesouro pertencia à Espanha, mas a companhia apelou e ainda não devolveu o butim.


Até agora, 15 dos sítios no fundo do mar já foram explorados e o único objeto de valor resgatado foi uma âncora do século XVIII, segundo reportagem do jornal "El País".
O almirante Daniel González Aller, diretor das operações, disse ao jornal que a maioria dos pontos localizados não teria qualquer valor.
Mas as ministras da Defesa e Cultura, Carme Chacón e Angeles Gónzalez-Sinde, respectivamente, que viajaram a bordo de um dos navios, reforçaram que o governo está muito empenhado em seus esforços para proteger os restos do passado do país.

- Onde alguns veem um butim, vemos nossa história. Onde alguns buscam ouro, encontramos o nosso patrimônio. Onde alguns querem saquear, procuramos a conservação - disse Carme.


O Ministério da Cultura calcula que há mais de 3 mil lugares com destroços na costa da Espanha. Alguns seriam de aviões, submarinos ou partes de assentamentos humanos. Mas a maioria é de embarcações.


Dezenas de galeões espanhóis em viagem de retorno das colônias na América do Sul, nos séculos XVI, XVII e XVIII afundaram no mar em torno Cádiz. Três navios da Marinha espanhola, incluindo dois caça-minas, e cem militares vão se dedicar por pelo menos dois meses ao projeto, que terminará em meados de novembro.

O Museu Naval de Madri e o Museu Arqueológico Nacional Subaquático em Cartagena receberão a maior parte do material recuperado no fundo do mar. 

Fonte: O Globo

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